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DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Termas
Castelo Branco/Fundão/Três Povos
Romano
Numa encosta voltada a Sudeste próxima de algumas nascentes e pequenas linhas de água foram identificados restos de um edifício de forma rectangular, de que existem duas paredes laterais orientadas no sentido S-N. As primeiras estiveram ligadas entre si por arcos de volta perfeita, formados por lateres espessos e rectangulares, colocados de cutelo e unidos por uma pasta de argila com algumas pedras miúdas. Desses arcos apenas resta um intacto que têm de vão 1,50m e 0,80 de flecha e uma espessura de 0,32. As paredes e o pavimento, encontravam-se cheios de lama, que pareceu ser de opus signinum. Os lateres exibem à boa maneira romana, sulcos paralelos que os cruzam diagonalmente. O edifício apresenta-se cortado em diagonal como bem se pode ver na planta, e o corte é quase rigorosamente paralelo à parede da casa adjacente. Isto leva crer que ao construir a habitação mais recente se cortou parte do edifício. A julgar pela construção e pelos vestígios do fogo, os restos do edifício parecem corresponder a um hypocaustum, que deveria ter feito parte de um balneum, talvez pertencente a uma villa. (informação de 1958). Foram ainda identificados em abundância vestígios de cerâmica de construção de época romana. José Monteiro (1978: 35-36 e 94), na relação de objectos que deram entrada no Museu do Fundão, refere o seguinte: "12 e 13. Excursão às Quintãs - 4.IX.58. Dois fragmentos do penúltimo tijolo da base nordeste do arco norte do hipocausto do Chão do Espírito Santo (0,15 x 0,11 x 0,05) (0,34 x 0,30 x 0,50)." Esta referência parece relacionar-se com uma notícia do Jornal do Fundão de 9.02.1958 (ano XIII, n.º 604, p. 4, "Um povo em alvoroço por causa de um 'tesouro'", s/ autor): "Na semana passada as águas de um pequeno ribeiro puseram a descoberto parte de arco de tijolo. Alvoraçaram-se quantos sabiam dos sonhos (de alguns habitantes do lugar com tesouros aí ocultados) vá de escavar (...). No dia seguinte o sr. Eng. António Granado (...) procedeu a escavações que puseram à vista o que a gravura mostra. São quatro arcos de tijolo, independentes, de 1,5m de abertura e 0.80 de flecha; o chão, dá indícios de uma espécie de argamassa. Perto, quando se abriam covas para plantar árvores, foram encontradas pedras facetadas mas sem quaisquer inscrições." Para Cristóvão (1992: 37-38, 40.2), as estruturas achadas nas Quintãs poderão eventualmente fazer parte de um forno cerâmico. Questiona-se no entanto se não serão antes denunciadoras de umas termas? Se assim fosse, tratar-se-ia de uma villa, cuja extensão poderia abarcar inclusivamente o sítio vizinho (a algumas centenas de metros) do Escarigo. Escavações realizadas no decorrer da desconstrução de uma edificação do século XX, nas imediações do sítio, permitiram confirmar que se as estruturas tratar-se-ia de um segmento da câmara de aquecimento de um forno cerâmico de planta rectangular, escavada na rocha, que teria pelo menos 4 arcos, preservando-se 1, formado por tijoleiras unidas por argila. No entanto não foram identificados contextos arqueológicos que pudessem ser relacionados com o forno, não sendo possível atribuir-lhe seguramente cronologia. Pelos fragmentos cerâmicos recuperados no acompanhamento arqueológico (tégula, tijolo e imbrice) e atendendo à planta do forno, deverá corresponder a uma estrutura que produzia essencialmente cerâmica de construção.
Terrestre
Junto à estrada principal de Quintãs, à direita, em direcção ao Salgueiro
Cerâmica de construção de época romana.
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S - 20893 e 2000/1(069)