Convento de São Francisco/Herdade de Mujadarém

Sítio (21631)
  • Tipo

    Villa

  • Distrito/Concelho/Freguesia

    Beja/Alvito/Alvito

  • Período

    Calcolítico, Idade do Bronze, Romano, Alta Idade Média, Medieval Islâmico, Medieval Cristão, Moderno, Contemporâneo e Antiguidade Tardia

  • Descrição

    Trata-se de uma pequena elevação onde um convento foi construído sobre uma antiga villa romana, com necrópole associada (Horta de São Francisco). Foram encontrados indícios abundantes da ocupação humana no decorrer de várias épocas sobretudo no decorrer do calcolítico final/bronze inicial, das épocas romanas e visigóticas e do período medieval e moderno. Os terrenos envolventes são muito férteis e têm abundância de água. Numa pequena parte da Herdade de Valameiros, contígua ao Monte do Convento encontra-se a descoberto o hipocaustum e parte das estruturas das termas romanas. A permanência de população no local após conquista visigótica está atestada pelo aparecimento de sigillata foceense tardia, formas Hayes 3 F (finais séc. V e primeira metade do séc. VI). Segundo a tradição teria aqui existido um convento no século VIII, que existia já em meados do séc. XIII. Jorge Feio levanta a hipótese de, nos terrenos situados entre a Ermida de São Bartolomeu e o actual convento de Nossa Senhora dos Mártires se localizar uma pequena povoação, nascida em torno do pequeno templo paleocristão e, possivelmente de um cenóbio localizado nas imediações ou mesmo sob o convento franciscano. O desenvolvimento da povoação de Vila Nova da Baronia nos séculos XIII-XIV teria ditado a decadência e abandono desta povoação, que se mantém como propriedade rústica sob a mesma denominação (Mujadarém). O actual convento, chamado de São Francisco ou de Nossa Senhora dos Mártires, construido sobre as ruínas do anterior, data do séc. XVI, sendo-lhe acoplado, nos sécs. XIX ou inícios do XX, um edifício de habitação de traça romântica.

  • Meio

    Terrestre

  • Acesso

    Através da EN 257 que liga Alvito a Odivelas. Deve ainda seguir-se um curto troço de estarda de terra batida que liga a supradita via ao convento.

  • Espólio

    Machados de pedra polida, micrólitos e núcleos de silex, moventes, percutores, cerâmica mamilada, tegullae, ânforas (Lusitana 2, 3, 4, 5a e 11), sigillata (itálica, sud-gálica, hispânica e norte africanas A, C e D, foceense tardia, forma Hayes 3F) tésselas de vidro, dollia, cerâmica comum, trempes, cerâmica comum medieval e moderna, fainças, tabuleiro e peças de jogo "do assalto".

  • Depositários

    -

  • Classificação

    ZEP - Zona Especial de Protecção

  • Conservação

    -

  • Processos

    S - 21631, 2008/1(673) e 2016/1(150)

Bibliografia (5)

Alvito: o Espaço e os Homens (1251 - 1640 ). Subsídios para a história de uma vila alentejana (1993)
Inventário Artístico de Portugal, Distrito de Beja (1993)
Marcas Arquitectónico-artísticas da Cristianização do Território entre Évora e Beja (2010)
O Espaço Conventual nas Ordens Mendicantes. O Convento de Nossa Senhora dos Mártires de Alvito (2001)
Vestígios da Cristianização do Conventus Pacencis. As Basilicae de São Bartolomeu (Alvito) e Monte Roxo (Alvalade, Santiago do Cacém). Vipasca, Actas do III Encontro de Arqueologia do Sudoeste Peninsular (2008)

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Localização