O acesso aos recursos aqui disponibilizados é gratuito.
É obrigatório aceitar os Termos e Condições de Uso; a declaração de aceitação é válida apenas para o período da sessão da navegação.
O Arquivo da Arqueologia Portuguesa integra a informação gerada pela atividade arqueológica de salvaguarda, investigação e valorização.
Os relatórios são disponibilizados através do Portal do Arqueólogo para efeitos de investigação, ensino e aprendizagem; tratam-se de relatórios de progresso, preliminares, finais e de bioarqueologia, de acordo com o previsto no Decreto-Lei n.º 164/2014, de 4 de novembro, que aprova o Regulamento de Trabalhos Arqueológicos (RTA).
A dimensão do acervo do PA depende da capacidade do serviço para a digitalização dos relatórios e do seu registo na base de dados - Endovélico.
A utilização deste serviço deve ser feita de boa-fé e exige o reconhecimento da fonte e dos direitos de autor dos redatores dos relatórios; os relatórios destinam-se apenas para uso não comercial.
Solicita-se aos utilizadores que notifiquem os serviços de quaisquer erros que detetem nos recursos disponibilizados e que, caso realizem estudos não sujeitos ao RTA, disponibilizem para registo a respetiva referência bibliográfica.
A informação deverá ser remetida para os seguintes endereços: portalarqueologo@dgpc.pt e informacaoarqueologica@dgpc.pt.
A bibliografia que tenha por fonte os recursos aqui disponibilizados deve referi-lo.
Exemplo de uma citação correta:
Autor, A.A. (2015) - Título do documento. Acedido em: dia, mês, ano em: URL.
DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Convento
Leiria/Leiria/Leiria, Pousos, Barreira e Cortes
Moderno
O sítio denominado Convento de Santo Agostinho e Cerca Conventual corresponde a um convento de época Moderna. Situado na margem esquerda do Rio Lis, o Convento de Santo Agostinho é um edifício de dois pisos, com cobertura abobadada no piso térreo e claustro aberto. A igreja tem uma planta de cruz latina com uma só nave e um cruzeiro pouco saliente. O início das obras de construção da igreja remonta a 1577, mandada erigir pelo Bispo Frei Gaspar do Casal. Em 1579 inicia-se a construção do convento, que só termina no primeiro quartel do século XVII. Após a extinção das ordens religiosas, em 1834, o edifício do convento foi sucessivamente ocupado por regimentos militares até à década de 60 do séc. XX, sendo devolvida à diocese de Leiria em 1944. Na década de 80 foram efetuadas obras de consolidação das estruturas e ainda nessa década o Ministério da Defesa Nacional cede uma das dependências do convento à Cruz Vermelha Portuguesa. Em 1992, a gestão dos espaços conventuais passa a ser assegurada pela Câmara Municipal de Leiria e, catorze anos depois é assinado um protocolo para a instalação de um espaço museológico no antigo convento, que se concretiza em 2015. As obras de construção de um parque de estacionamento subterrâneo realizaram-se em 2003/2004 nas traseiras do edifício conventual, abrangendo o Jardim do Caniços e uma parte da estrada e da rotunda do Largo de Infantaria 7. Esta escavação realizou-se dada a proximidade da Igreja Conventual de Santo Agostinho e do eixo que engloba uma série de moinhos de água medievais e modernos na margem esquerda do rio Lis. A área conventual de Santo Agostinho compreendia não só a zona edificada, mas também uma horta conventual, com sistemas hidráulicos (condutas, caleiras, engenhos para elevar água, etc.) para a gestão e melhor aproveitamento deste recurso. Nesta escavação foi detetado um tanque, associado às estruturas hidráulicas do Convento e vestígios de um edifício que terá funcionado como um anexo ao quartel, aí instalado no século XIX. O espólio recolhido engloba cerâmica comum, vidrada e faiança, telhas, tijolos, vidro, metal, moedas contemporâneas e material osteológico. Durante os trabalhos de reconversão da atual casa mortuária em Centro de Monitorização e Interpretação Ambiental em 2005 não foram identificados quaisquer vestígios arqueológicos. Em 2009 só foi encontrado, em deposição secundária, um fragmento de prato em faiança, junto à fachada do edifício atualmente ocupado pela Cruz Vermelha. Trata-se de um fragmento com características idênticas às produções do Juncal, com uma cronologia que aponta para o final do século XVIII, tendo-se prolongado durante o século XIX. Os trabalhos arqueológicos efetuados entre 2010 e 2011 permitiram observar a dinâmica da evolução deste convento, desde a sua construção nos finais do século XVI até à instalação do quartel. Constatou-se a ausência de contextos arqueológicos anteriores à ocupação deste espaço e a sua transformação arquitetónica e funcional na 2ª metade de oitocentos devido à extinção das ordens religiosas. Em 2014 os trabalhos incidiram em 4 salas do piso inferior, na ala Norte e no exterior Norte. Não foram identificados contextos arqueológicos relevantes no interior do edifício, com exceção de uma pia ou cisterna integrada na parede e no exterior foi identificado o topo de uma estrutura em alvenaria, de cronologia contemporânea. De um modo geral, verificou-se que o edifício teve várias fases de conservação e remodelação dos seus espaços (portas e janelas entaipadas, novos alçados, etc).
Terrestre
Avenida Marquês de Pombal ou Rua Tenente Valadim.
Cerâmica comum, vidrada e faiança, telhas, tijolos, vidro, metal, moedas contemporâneas, material osteológico e azulejos provenientes do revestimento de algumas paredes interiores do convento.
Oficina de Arqueologia - Câmara Municipal de Leiria
ZEP - Zona Especial de Protecção
Regular
S - 21804, 2002/1(699) e 2004/1(199)