Leiria - Convento de Santo Agostinho

Sítio (21804)
  • Tipo

    Convento

  • Distrito/Concelho/Freguesia

    Leiria/Leiria/Leiria, Pousos, Barreira e Cortes

  • Período

    Moderno

  • Descrição

    O sítio denominado Convento de Santo Agostinho e Cerca Conventual corresponde a um convento de época Moderna. Situado na margem esquerda do Rio Lis, o Convento de Santo Agostinho é um edifício de dois pisos, com cobertura abobadada no piso térreo e claustro aberto. A igreja tem uma planta de cruz latina com uma só nave e um cruzeiro pouco saliente. O início das obras de construção da igreja remonta a 1577, mandada erigir pelo Bispo Frei Gaspar do Casal. Em 1579 inicia-se a construção do convento, que só termina no primeiro quartel do século XVII. Após a extinção das ordens religiosas, em 1834, o edifício do convento foi sucessivamente ocupado por regimentos militares até à década de 60 do séc. XX, sendo devolvida à diocese de Leiria em 1944. Na década de 80 foram efetuadas obras de consolidação das estruturas e ainda nessa década o Ministério da Defesa Nacional cede uma das dependências do convento à Cruz Vermelha Portuguesa. Em 1992, a gestão dos espaços conventuais passa a ser assegurada pela Câmara Municipal de Leiria e, catorze anos depois é assinado um protocolo para a instalação de um espaço museológico no antigo convento, que se concretiza em 2015. As obras de construção de um parque de estacionamento subterrâneo realizaram-se em 2003/2004 nas traseiras do edifício conventual, abrangendo o Jardim do Caniços e uma parte da estrada e da rotunda do Largo de Infantaria 7. Esta escavação realizou-se dada a proximidade da Igreja Conventual de Santo Agostinho e do eixo que engloba uma série de moinhos de água medievais e modernos na margem esquerda do rio Lis. A área conventual de Santo Agostinho compreendia não só a zona edificada, mas também uma horta conventual, com sistemas hidráulicos (condutas, caleiras, engenhos para elevar água, etc.) para a gestão e melhor aproveitamento deste recurso. Nesta escavação foi detetado um tanque, associado às estruturas hidráulicas do Convento e vestígios de um edifício que terá funcionado como um anexo ao quartel, aí instalado no século XIX. O espólio recolhido engloba cerâmica comum, vidrada e faiança, telhas, tijolos, vidro, metal, moedas contemporâneas e material osteológico. Durante os trabalhos de reconversão da atual casa mortuária em Centro de Monitorização e Interpretação Ambiental em 2005 não foram identificados quaisquer vestígios arqueológicos. Em 2009 só foi encontrado, em deposição secundária, um fragmento de prato em faiança, junto à fachada do edifício atualmente ocupado pela Cruz Vermelha. Trata-se de um fragmento com características idênticas às produções do Juncal, com uma cronologia que aponta para o final do século XVIII, tendo-se prolongado durante o século XIX. Os trabalhos arqueológicos efetuados entre 2010 e 2011 permitiram observar a dinâmica da evolução deste convento, desde a sua construção nos finais do século XVI até à instalação do quartel. Constatou-se a ausência de contextos arqueológicos anteriores à ocupação deste espaço e a sua transformação arquitetónica e funcional na 2ª metade de oitocentos devido à extinção das ordens religiosas. Em 2014 os trabalhos incidiram em 4 salas do piso inferior, na ala Norte e no exterior Norte. Não foram identificados contextos arqueológicos relevantes no interior do edifício, com exceção de uma pia ou cisterna integrada na parede e no exterior foi identificado o topo de uma estrutura em alvenaria, de cronologia contemporânea. De um modo geral, verificou-se que o edifício teve várias fases de conservação e remodelação dos seus espaços (portas e janelas entaipadas, novos alçados, etc).

  • Meio

    Terrestre

  • Acesso

    Avenida Marquês de Pombal ou Rua Tenente Valadim.

  • Espólio

    Cerâmica comum, vidrada e faiança, telhas, tijolos, vidro, metal, moedas contemporâneas, material osteológico e azulejos provenientes do revestimento de algumas paredes interiores do convento.

  • Depositários

    Oficina de Arqueologia - Câmara Municipal de Leiria

  • Classificação

    ZEP - Zona Especial de Protecção

  • Conservação

    Regular

  • Processos

    S - 21804, 2002/1(699) e 2004/1(199)

Bibliografia (0)

Fotografias (0)

Localização


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