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DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Necrópole
Leiria/Leiria/Leiria, Pousos, Barreira e Cortes
Idade do Bronze - Final, Idade do Ferro, Romano, Idade Média, Moderno e Contemporâneo
O sítio denominado Antigos Celeiros da Mitra (ex-RAL4) corresponde a um sítio do tipo necrópole, cronologicamente enquadrado na Idade do Bronze/Idade do Ferro/Época Romana/Idade Média /Idade Moderna/Contemporâneo. Este sítio integra-se na zona considerada como Conjunto de Interesse Arqueológico, correspondente ao Conjunto arqueológico - Núcleo Urbano do Centro de Leiria. Corresponde a um conjunto de 3 edifícios de planta retangular construídos em várias fases e ao longo de vários séculos. Foi primeiramente construída a ala a Oeste, entre os séculos XIII/XIV, composta por galerias de arcadas com colunas circulares, com função de cavalariças da rainha D. Isabel. Entre o século XVI e XVII foi construída a ala a Este com colunas de secção quadrangular e com a função de celeiros da Mitra. Foi também onde funcionou o Regimento de Artilharia Ligeira 4 (RAL4) até 1975, constituído por dois corpos distintos, um oriental ostentando uma arquitetura mais recente e outro ocidental de inspiração mais antiga provavelmente românica. Em 1976, o corpo Oeste foi ocupado por famílias provenientes das ex-colónias portuguesas. Na zona exterior deste conjunto foi identificada, em 2004, a necrópole da Igreja Românica de S. Pedro (Monumento Nacional). Do conjunto de sondagens realizadas, foi possível compreender que o espaço foi utilizado intensivamente para a realização de enterramentos, dada a quantidade de enterramentos identificados, reduções de corpos, reutilização de sepulturas e arrumação de ossos avulsos em ossários. Os materiais recolhidos, bastante fragmentados e dispersos, apontam para uma cronologia medieval, nomeadamente as cerâmicas e numismas, embora alguns fragmentos sejam enquadráveis em cronologias mais antigas, devendo provir de escorrências. Os enterramentos não estão, na sua maioria, acompanhados de qualquer tipo de espólio. Em 2009 foi intervencionada parte da área adjacente à Igreja de São Pedro, numa área total de 156m2. Os trabalhos arqueológicos revelaram uma estratificação complexa, destacando-se quatro contextos arqueológicos distintos: estruturas de época contemporânea/moderna (troços de estruturas pétreas lineares, duas calçadas), a necrópole da Igreja de São Pedro, ocupação romana (conjunto de três estruturas pétreas, uma possível estrutura de combustão, um piso e um possível derrube de telhas) e ocupação pré-romana (pisos, estrutura em negativo, possível estrutura de combustão, provavelmente da Idade do Bronze/Idade do Ferro). De época romana destaca-se também o aparecimento de estruturas e níveis durante as intervenções de 2007/2008. As várias estruturas formam um compartimento cujos limites delimitam um derrube constituído maioritariamente por imbrices, alguns dos quais decorados com incisões simples e em zigue-zague. Sob este nível arqueológico foi possível recuperar materiais cerâmicos de uso doméstico de cronologia romana.
Terrestre
O local encontra-se no Centro Histórico de Leiria, a meia encosta do muro e do actual caminho de acesso ao Castelo de Leiria.
Foram recuperados materiais arqueológicos de cronologia Contemporânea, Moderna, Medieval, Romana e Pré-romana (Idade do Ferro/Bronze Final), nomeadamente fragmentos de cerâmica (torno lento, faiança, vidrados melados e verdes), vidro, metal (argolas em cobre, fígulas, pregos em ferro, bronze), objetos em osso, material osteológico humano, fauna (mamalógica, malacológica e ictiológica) bem como alguns elementos líticos.
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ZEP - Zona Especial de Protecção
Regular
S - 24472 e 2004/1(199)