Castro da Pedra Aguda

Sítio (24897)
  • Tipo

    Povoado Fortificado

  • Distrito/Concelho/Freguesia

    Castelo Branco/Covilhã/Peraboa

  • Período

    Idade do Bronze - Final e Idade do Ferro

  • Descrição

    Como o próprio topónimo indica, a Pedra Aguda (Capinha) trata-se de um gigantesco afloramento granítico constituído por duas pedras, uma delas disposta na vertical e de formato pontiagudo, que se eleva de forma espectacular junto ao topo da vertente oriental da serra da Carrapata (alcançando os 733 m de altitude). O carácter medianamente escarpado de toda esta eminência e o acentuado declive da vertente proporcionam um grande destaque na paisagem, estendendo-se o horizonte visual a Norte até ao sopé da serra da Estrela e contrafortes meridionais da Meseta e a Sul até à Gardunha. Neste sentido assinale-se que ainda hoje este thor granítico serve de extrema entre os concelhos da Covilhã e do Fundão. Distinto pelas suas características naturais, é-lhe reservado pela população em geral um carácter fortemente místico. A configuração bem aprumada do monólito central outorga-lhe um perfil ligeiramente fálico, quando observado a longa distância. Um exemplo de arquitectura religiosa, do período pré-histórico, simbolizando rituais de fertilidade. Classificação essa fortemente condicionada pelo facto de até então se considerar esta estrutura como autónoma e pelos orifícios registados no monólito secundário serem interpretados como manifestações antrópicas. O povoado foi identificado na vertente Este deste cume, posicionado defronte da serra de S. António e do povoado da Tapada das Argolas. Do lado Nascente é perceptível uma estrutura composta por terra e pedra que parece tratar-se de um talude delimitativo. Não há certezas se esta poderá ter algum significado defensivo. Depois de conjugadas as suas características de implantação com os materiais identificados situa-se a sua ocupação na proto-história antiga. Foram identificados poucos fragmentos cerâmicos exclusivamente manuais de pastas geralmente grosseiras. Destacam-se dois fragmentos com aplicação plástica de botões no bojo e um bordo com asa a arrancar do lábio (Est. I - 2). Encontrou-se ainda o fragmento de um elemento de moinho manual de vaivém. Neste lugar foi ainda encontrado junto aos monólitos um conjunto de 31 moedas (tesouro), composto, segundo informação cedida por Maria João Ângelo (que procede ao seu estudo) por exemplares da segunda metade do séc. III e primeiras décadas do séc. IV.

  • Meio

    Terrestre

  • Acesso

    Por caminhos florestais que se tomam na Quinta da Carrapata, indo por um acesso a partir do paredão da Barragem da Capinha.

  • Espólio

    Poucos fragmentos cerâmicos exclusivamente manuais de pastas geralmente grosseiras, dois fragmentos com aplicação plástica de botões no bojo e um bordo com asa a arrancar do lábio (Est. I - 2), um elemento de moinho manual de vaivém, um conjunto de 31 moedas (tesouro), composto, segundo informação cedida por Maria João Ângelo (que procede ao seu estudo) por exemplares da segunda metade do séc. III e primeiras décadas do séc. IV.

  • Depositários

    -

  • Classificação

    -

  • Conservação

    -

  • Processos

    2000/1(069) e 99/1(779)

Bibliografia (2)

Entre Douro e Tejo, por terras do interior: o I milénio a.C.. Lusitanos e Romanos no Nordeste da Lusitânia. Actas das 2as Jornadas de Património da Beira Interior (2005)
Génese e Transformação da Estrutura do Povoamento do I Milénio a.C na Beira Interior (2006)

Fotografias (0)

Localização