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DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Ermida
Beja/Castro Verde/São Marcos da Ataboeira
Romano, Medieval Islâmico, Medieval Cristão, Moderno e Contemporâneo
Sítio atravessado ao meio pela linha divisória entre os concelhos de Castro Verde e Mértola (freguesia de Alcaria Ruiva). A designação da Capela de Nossa Senhora de Aracelis provém da frase latina Ara Coelis, ou Altar dos Céus, o que permite imaginar uma ocupação muito antiga do local. A ermida faz parte de um conjunto arquitectónico constituído por este edifício, delimitado por adro murado, e ainda por instalações para romeiros, incluindo um albergue. Erguida no alto de uma colina visível a boa distância, no meio da planície, terá sido o centro de um importante percurso de devoção Mariana na região, em conjunto com as seis capelas vizinhas conhecidas como as suas "seis irmãs", e que se poderão avistar desta: a de Nossa Senhora dos Remédios de Alcaria, a da Cola em Ourique, a de Nossa Senhora do Castelo em Aljustrel, a de Nossa Senhora de Guadalupe em Serpa, a de Nossa Senhora da Saúde de Castro Marim, e a de Nossa Senhora da Piedade de Loulé (conforme placa no local). Ainda hoje se realiza aí uma grande peregrinação, no fim de Agosto, na qual uma imagem da Virgem é levada em redor do monte para garantir um bom ano agrícola. O recinto murado destinado aos romeiros é delimitado por um murete baixo, fazendo-se o acesso através de dois portais em arco redondo, integrados em troços de muro rematados por frontão triangular e encimados por grilhagens de tijolo e urnas de inspiração barroca. A capela é um edifício singelo, caiado de branco, ao qual se acede por uma sucessão de escadas e patamares, prolongando a elevação da colina onde se implanta. Possui planta rectangular, com um corpo adossado à direita da fachada, e sineira à esquerda. O portal, em arco redondo, dá acesso a uma nave única, com abóbada de canhão caiada. No interior destacam-se as pinturas murais do arco fundeiro, parcialmente ocultadas pelo altar, com retábulo de volutas de inspiração popular. Regista-se ainda a presença de alguns ex-votos. Até ao momento não existem fontes documentais conhecidas que forneçam informações quanto à sua data de fundação. A deduzir pela ausência de referências as Visitações da Ordem de Santiago, é possível que a sua construção date do último quartel do século XVI, período também coincidente com a expansão do culto mariano. O conjunto foi levantado sobre a escarpa rochosa que atualmente persiste nas imediações, tendo-se aproveitado este material construtivo local para edificar as respetivas fundações. Na elevação onde se encontra a Ermida da Senhora de Aracelis (sec.XVI) existem vários vestígios de mineração dispersos, de época indeterminada. Informações orais com habitantes do Salto confirmam-nas algures na zona das escadas secundárias que levam ao portal sul da ermida, tapados, por volta dos anos 80, por constituírem perigo para animais e população em geral. Para além da Ermida de Nossa Senhora de Aracelis, este local terá tido uma função longínqua no tempo, de local de vigia da via que seguia de Myrtilis para Vipasca e de controlo do território não só em época romana mas também em época islâmica. O local também é conhecido pelos afloramentos quartzíticos e pelas suas minas de pedras de cal, muito conhecidas na região e em uso até aos anos 80 do século XX. Encontram-se tapadas mas ainda é possível reconhecer o sítio.
Terrestre
A partir de Castro Verde, apanhar a EN 123 até ao entroncamento com o Salto. Virar para o Salto, seguir a estrada, passar pela lateral oeste da aldeia, o acesso à ermida faz-se por um entroncamento, à direita, cerca de 1.830 km à frente. Também é possível o acesso a partir da Corte Pequena.
Cerâmicas romanas, sigillatas, telhas, fragmentos de grandes recipientes, cerâmica comum e cerâmicas com muitos ENP`s (recolhas da prospeção de 2017 no Museu de Mértola).
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Regular
2016/1(002) e 91/1(040)