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DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Naufrágio
Faro/Portimão/Alvor
Contemporâneo
Naufrágio da canhoneira "Faro", pertencente à Armada Portuguesa, ocorrido a 27/02/1912. A embarcação tinha 27m de comprimento, 4,7m de largura e 136 ton. de deslocamento. Tratava-se de uma embarcação construída em aço e a sua força motriz era o vapor, possuindo uma caldeira que proporcionava 200 CV de potência, com uma velocidade máxima de 10,4 nós. Foi construída em 1878 nos estaleiros de Londres e adquirida por 6000 libras, com o objetivo de integrar a esquadra fiscal da costa portuguesa. A 27 de Fevereiro de 1912, a canhoneira Faro levou uma comitiva, formada por vários altos dignatários, nomeadamente um ministro inglês e o cônsul de Inglaterra, num passeio até Sagres. Depois de ter deixado os visitantes em Lagos, a embarcação dirigia-se para Faro, quando ao largo da praia de Alvor, o rebocador "Josefine", que vinha de Portimão, embateu na amura de Bombordo, abrindo-lhe um rombo. Após o embate, a canhoneira flutuou apenas durante 10 minutos e afundou-se a cerca de nove braças de profundidade, ficando parte dos mastaréus fora de água. A tripulação, composta por dois oficiais e 28 marinheiros, conseguiu arrear dois botes e chegar a terra, mas o seu comandante, Henrique Metzner, viria a falecer já em terra, fruto de uma congestão. Além dele também um imediato (Carlos Primo Guimarães), um maquinista (Francisco Maria Antunes), o primeiro contra-mestre (Eugénio) e um grumete (José de Roma) faleceram. Já o "Josefine", apesar de alguns estragos à proa, não se afundou, uma vez que possuía compartimentos estanques, tendo sido rebocado pelo vapor "Colombo". Da sua tripulação também faleceram dois tripulantes queimados. A embarcação foi alvo de resgate de salvados logo à época, por parte de mergulhadores da Armada. Trata-se de um sítio arqueológico que se encontra dividido e partido em dois núcleos, em que a caldeira marca essa divisão: para a popa encontramos parte do casco e o leme in situ e praticamente completo; para a proa encontram-se chapas desfeitas que compunham o casco. Antes de saber-se a sua real designação foi-lhe atribuído o nome de "Steam Star". Apesar de se encontrar fora da área administrativa de Lagos, o sítio é também conhecido pelas designações "Meia Praia B" e "Lagos D", uma vez que foi descoberto no âmbito dos trabalhos de prospeção realizados no "Projecto de Carta Arqueológica Subaquática do Concelho de Lagos 2007/08".
Meio Aquático
Por barco a partir de Lagos, Alvor ou Portimão.
3 munições recolhidas a 25/03/2008, por Christiane Kelkel (TF53 - MPGB07).
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Regular
2009/020, 2006/011 e 2012/041
Não é possível localizar o sítio selecionado no mapa.