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DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Convento
Lisboa/Torres Vedras/Santa Maria, São Pedro e Matacães
Idade Média, Moderno e Contemporâneo
O sítio localiza-se no centro histórico de Torres Vedras, na interseção com a Rua dos Cavaleiros da Espora Dourada e a Rua da Várzea. Está implantado na zona baixa da cidade e situa-se em zona de leito de cheia do Sizandro, em terrenos de aluvião, resultantes do assoreamento provocado pelas sucessivas inundações, que lhe elevaram as cotas do terreno. Esta zona era essencialmente de produção agrícola, em quintais e pequenas hortas, que confinavam com as habitações, até à expansão urbanística do final do séc. XIX. Crê-se que o convento tenha sido construído após uma segunda licença régia, datada de 1366, havendo notícias da sua existência em 1383 e em 1405, na Várzea Grande, fronteira à Igreja de S. Tiago. Seria um pequeno cenóbio, com um reduzido número de frades, contando com uma capela e uma horta, onde S. Gonçalo de Lagos foi prior, no primeiro quartel do século XV. As constantes inundações a que este terreno estava sujeito levaram os frades a construírem um novo convento na parte alta da vila, no século XVI. Abandonado, terá ficado em ruínas e os seus materiais utilizados em novas construções. No local, ou muito próximo, viria a existir uma olaria entre os séculos XVIII e XIX e, mais tarde, uma adega, que funcionou até meados do século 40 do século XX, quando aí foi instalada uma unidade metalomecânica da Fábrica Hipólito. Em 1993 foi feito o acompanhamento arqueológico da construção de um edifício habitacional no local, tendo sido recolhido um abundante espólio, incluindo alguns achados que podem ser atribuídos ao convento, constituindo os primeiros e únicos vestígios materiais da sua existência. Assim, foi possível documentar a traça gótica do imóvel e a sua qualidade arquitetónica e artística, afastando-o da tradicional conceção simples e austera que lhe tem vindo ser atribuída. Foram recolhidos fragmentos de cerâmica da transição para a Era cristã, que atestam a existência de um substrato romano, comum a todo o centro histórico de Torres Vedras. O achado de uma pedra de arremesso trouxe mais pistas sobre a dimensão do acampamento do Mestre de Avis, em 1385. Recolheram-se abundantes materiais cerâmicos, dos séculos XVI a XX, realçando-se a cerâmica de construção (tijolos mazaril e fragmentos de azulejos), faianças e os vestígios de uma antiga olaria de fabrico de peças vidradas e faianças (trempes, peças em chacota e cerâmica vidrada com defeito). Entre os materiais pétreos, destaca-se um elemento decorativo com a gravação de uma cruz processional ladeada por um pentalfa (séculos XIV - XV) e um cruzeiro com o crismon, bem como aduelas góticas, de pórticos ogivais.
Terrestre
Rua dos Cavaleiros da Espora Dourada
Cerâmica atribuíveis à Idade Moderna e Contemporânea (séculos XVI a XX). Realça-se o achado de quatro fragmentos de cerâmica da Idade do Ferro/Romano (I a.C. - I d.C.), muito rolados. Das cerâmicas de construção destacam-se os tijolos mazaril e os fragmentos de azulejos (sec. XVI a XVIII), os trempes de olaria, com vestígios de vidrado plumbífero e estanhífero, associados a um conjunto de 26 fragmentos de peças em chacota e vários fragmentos de cerâmica vidrada com defeito, testemunhos da existência de uma olaria de fabrico de peças vidradas, faianças e meias-faianças. As faianças dos séculos XVI a XVIII têm alguma expressão, bem como a faiança de pó de pedra, dos séculos XIX a XX, com alguns exemplares de produção inglesa. Maior relevância têm os materiais pétreos, onde se destaca um elemento decorativo com uma cruz processional ladeada por um pentalfa (séculos XIV - XV) e uma cruz de pedra, ostentando o crismon, bem como aduelas góticas de arcos em ogiva.
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S - 32185 e 2001/1(148)