Álamo 1

Sítio (33100)
  • Tipo

    Villa

  • Distrito/Concelho/Freguesia

    Beja/Beja/Trigaches e São Brissos

  • Período

    Idade do Ferro, Romano, Romano, Império, Medieval Islâmico, Indeterminado e Antiguidade Tardia

  • Descrição

    o sítio classificado como villa, poder ter sido alvo de escavações por Abel Viana nas décadas de 1940 ou 1950 (Lopes, 2003), sendo transposto para o inventário do PDM com uma divergência de 250, do ponto central da jazida. O sítio e a imprecisão dessas anteriores informações terão ainda relação com vestígios contíguos na área atualmente associada a Herdade do Álamo (CNS 6033): Vasta área de 3 ha com a presença de três núcleos, associados a uma necrópole de recintos da Idade do Ferro; uma ocupação moderna/romana e um recinto de fossos calcolítico. Razão pelo que não se podem dissociar os dois sítios de uma extensão mancha de vestígios polinucleados. Foi designado de Álamo 1 pelo EIA de Rega do Pisão, caracterizado por uma dispersão de cerâmica de construção e de utilização doméstica de época romana, numa área de 200 m2 na várzea direita da Ribeira do Álamo. Em 2015, foi realizada uma sondagem (Miguel, 2016) com a presença de um muro com mais de 2 m de extensão, 0,7 m de largura e 0,4 m de alçado conservado, construído com alvenaria de calcário ligada por argamassa cal amarela pobre e friável. Foi detectada a presença de um bloco de formigão de tipologia romana (opus signinium) no muro, provavelmente reutilizado a partir de outro local. A cronologia da construção é desconhecida, sendo provavelmente uma estrutura hidráulica de Época Moderna ou Contemporânea, de acordo com o achado de cerâmicas vidradas no desmonte do muro. O proprietário, eng.º Ricardo Almodôvar, refere a informação de pessoas mais idosas sobre a existência de uma antiga azenha no local, cujos vestígios já não são visíveis. Durante as obras do Bloco de Rega em 2015 foram também encontrados na área dois alicerces de muros paralelos, toscamente construídos com pedras ligadas com barro e com largura de 0,45 m. Estavam a profundidade superior a 1 m, associados a estratos com fragmentos cerâmicos datáveis da Idade do Bronze Final ou Idade do Ferro, mas a datação das estruturas foi inconclusiva. Muito próximo, na abertura mesma vala da EDIA, foi localizada profundidade de aprox. 0,5m uma estrutura de dreno de tipo etnográfico. Em 2018 na avaliação de danos do olival implantado foram identificados vestígios de cronologia proto-histórica (Idade do Ferro ou Idade do Bronze) em toda a metade da área da propriedade a poente da linha de água. A ocupação extensa do local durante o período romano (c. 2 ha), da área do topo da pequena elevação, até à base da vertente sul, apontam para a presença de uma instalação de tipo casal rural ou granja, polinucleado entre os séculos I e II d.C., com possível início de ocupação do local ainda em período romano republicano tardio (séc. II-I a.C.) ou pré-romano. Os vestígios arquitectónicos encontrados nas três sondagens aberta sem 2019 confirmam a pars urbana de uma villa rural de período romano alto-imperial da primeira metade do século I d.C. Antecede-lhe uma primeira ocupação no final da Idade do Ferro e/ou já em época romana republicana tardia (séc. II ou I a.C.) no rebordo do plateau sobre a ribeira. No século I d.C. foi erigido na vertente sudoeste do sítio mais próximo da ribeira, um conjunto edificado de boa qualidade. Os edifícios encontrados em três sondagens indicadas tinham salas amplas, com mais de 3 m de amplitude de vãos. Destaque para pavimentos em opus caementicium; opus signinum, podendo uma dessas realidades poder também ter sido aplicado para revestimento de chão e paredes de uma estrutura aberta ou semi-coberta e/ou em contacto regular com água, como num pátio central com peristilo ou o fundo de um tanque ou de uma piscina (natatio). Um terceiro tipo de pavimento consiste numa calçada lajeada associada a ao atrás referido derrube de parede revestida com reboco de argamassa de cal profusamente deco-rada com pintura mural a fresco. A decoração interior da mesma sala dos frescos de Álamo 1 incluiu também frisos modelados com relevos lineares paralelos (filete, toro e escócia) de estuque branco na delimitação de moldu

  • Meio

    Terrestre

  • Acesso

    Por caminho de terra batida que liga o Monte da Diabrória a São brissos.

  • Espólio

    Cerâmica comum, cerâmica de construção

  • Depositários

    -

  • Classificação

    -

  • Conservação

    -

  • Processos

    S - 33100 e 2000/1(195)

Bibliografia (0)

Fotografias (0)

Localização