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DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Vestígios Diversos
Beja/Ferreira do Alentejo/Ferreira do Alentejo e Canhestros
Neolítico Final
Foi identificada no local uma mancha de ocupação, com vestígios vários, nomeadamente elementos líticos, nomeadamente, moventes, dormente, percutores, núcleos e fragmentos de machados; cerâmica manual de pastas castanhas e ocres, com vestígios de sujeição ao fogo. Bordos (particularmente um mamilado) e fundos de taças; restos faunísticos de animais vertebrados, tipo javali e gado cavalar ou asnino, assim como de fauna malacológica (conchas). Muito do material cerâmico apresenta vestígios de brunimento. Pela tipologia dos mesmos, parecem ser passíveis de enquadrar entre o Neolítico Final e o Calcolítico Inicial. A intervenção no local incidiu em dois tramos de fosso, cuja morfologia só foi possível determinar num deles: perfil trapezoidal com 2,34m de largura máxima na linha do topo e 0,30m na linha da base e 1,14m de profundidade. Os enchimentos apresentam depósitos com características muito similares ao coberto atual, manifestamente influenciados pela proximidade ao barranco do Xacafre. Ou seja terras muito argilosas, compactas, de cor castanha escura. Foram reconhecidos, ambos os casos, dois depósitos de enchimento. Quanto à componente artefactual foram recolhidos milhares de fragmentos cerâmicos e cerca de 5 centenas de líticos. Quanto à fauna exumou-se milhares de restos de mamíferos, dos quais se reconheceram equus caballus, bos sp., cervus elephus, ovis/capra e ainda alguns restos de fauna malacológica. Importa destacar que as formas cerâmicas mais representadas dizem respeito a tronco-cónicos fechados, alguns com corpo globular e esféricos fechados. Quanto à decoração realça-se a presença de mamilos, por vezes duplos, linhas incisas, triângulos com puncionamento preenchidos com pasta branca e um vaso com decoração oculada. Estes materiais poderão corresponder a um momento dentro da segunda metade do IV milénio a.C., ou seja, Neolítico Final. A ausência de vasos com bordos espessados e predomínio de formas fechadas, muitas delas mamiladas, poderá corresponder a um momento anterior ao Calcolítico. Contudo a atribuição cronológica com base nas formas cerâmicas pode ser muito redutor. Importa, neste caso, chamar à discussão o sítio dos Perdigões (VALERA, 2012) cujo o fosso 12 foi datado por radiocarbono e que coloca, na segunda metade do IV milénio a.C., elementos artefactuais similares aos do Barranco do Xacafre.
Terrestre
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Elementos líticos, nomeadamente, moventes, dormente, percutores, núcleos e fragmentos de machados; cerâmica manual de pastas castanhas e ocres, com vestígios de sujeição ao fogo. Bordos (particularmente um mamilado) e fundos de taças; restos faunísticos de animais vertebrados, tipo javali e gado cavalar ou asnino, assim como de fauna malacológica (conchas). Muito do material cerâmico apresenta vestígios de brunimento. Pela tipologia dos mesmos, parecem ser passíveis de enquadrar entre o Neolítico Final e o Calcolítico Inicial.
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2008/1(216)