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DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Mamoa
Viseu/Vouzela/Queirã
Neolítico
Este monumento, identificado por Pedro Sobral de Carvalho e Luis Filipe Gomes em 1990, insere-se numa necrópole de mais dois monumentos que se distribuem pela vasta chã a norte da povoação do Salgueiral. As mamoas 1 e 2 do Salgueiral poderão corresponder às que Amorim Girão situa erradamente "(...) ao norte do sinal trigonométrico de Casa Velha, não longe do conhecido Nicho de Igarei." (GIRÃO, 1923-1924: 285). De facto, estas mamoas encontram-se perto do "Nicho de Igarei", mas O.SO. da "Casa Velha". Cista megalítica, de planta sub-retangular, de 4 esteios verticais, sobrepostos em granito, dos quais apenas se conservam 3 cuja situação é a seguinte: nº 1 - completo, provavelmente deslocado para o exterior aquando da remoção da laje de cobertura; nº 2 e 3 - completos e in situ. Também não é de descartar a hipótese de se tratar de uma cista subtrapezoidal, de 4 ou talvez 5 esteios, caso o monólito 1 se mantenha in situ. De facto, segundo informações colhidas entre populares aquando da visita a estes monumentos em 1990 por Pedro Sobral de Carvalho e Luis Filipe Gomes, este monumento foi remexido na década de 60 do séc. XX, tendo sido retirado pelo menos uma grande pedra, posteriormente colocada sobre a mamoa e utilizada como marco delimitatório das freguesias de Couto de Baixo e Queirã. Prostrados na base do tumulus jazem 2 outros fragmentos. A câmara profundamente esventrada, mediria primitivamente cerca de 0,70m de comprimento e 0,80m de largura definindo um espaço interno de reduzidas dimensões, apropriado a uma inumação individual. A altura desde o enchimento atual é de 1,92m. Sobre a mamoa, e inclinada para o interior da estrutura funerária (lado sudeste), encontra-se a laje de cobertura, apenas ligeiramente fragmentada numa das faces. O tumulus assenta sobre uma elevação natural, quase no limite da chã onde se implanta, sendo bem visível na paisagem circundante. Apresenta-se em relativo estado de conservação, apenas destruído a NE. pela abertura de uma vala a fim de lhe serem extraidos os esteios em falta. Composto por terras e pedras, tem um contorno circular com 15m de diâmetro e aproximadamente 2 m de altura, sobrepondo-se cerca de 0,30m em relação ao topo da estrutura interna. A planta do monumento realizada em Dezembro de 1990 por Pedro Sobral de Carvalho e Luís Filipe Gomes foi efectuada ao nível do enchimento, sendo o ponto 0.00 convencional o topo do esteio 2. Sobre a mamoa encontra-se um marco em granito de divisória de freguesia (Queirã e Couto de Baixo) e concelho (Vouzela e Viseu).
Terrestre
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2016/1(117)