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DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Povoado
Guarda/Aguiar da Beira/Forninhos
Idade Média e Moderno
Também designado "S. Pedro de Matos", "S. Pedro de Forninhos", "S. Pedro de Verona", "S. Pedro de Penaverde" ou S. Pedro da Gralheira". O povoado medieval de S. Pedro integra o complexo arqueológico de S. Pedro de Matos (Forninhos/ Aguiar da Beira/ Guarda). Implanta-se ao longo de uma vasta área, relativamente aplanada ou com uma vertente suave, marcada pela presença de afloramentos graníticos, localizada ao longo do vale da ribeira de S. Pedro, no sopé do Castro de S. Pedro /"Castelo dos Mouros" (CNS 33683) e na área adjacente à Necrópole e Capela de S. Pedro de Verona (CNS 1333). Os vestígios deste sítio são mencionados nas "Memorias Paroquias" de 1758, publicado por P. de Azevedo em 1901, em associação com o "Castelo dos Mouros" e a ermida de S. Pedro dos Matos (=S. Pedro de Verona). Em 1948, o sítio de S. Pedro é alvo de um artigo, onde o investigador J. Coelho apresenta uma extensa descrição, resultado da visita de estudo que efectuou ao local em 1931-32, que apelida de "cidade morta". Posteriormente é apenas referido, normalmente em associação aos sítios arqueológicos que se situam na envolvente, não tendo sido alvo de trabalhos arqueológicos específicos. Os vestígios do povoado estendem-se por uma vasta área, com cerca de 300 a 400 metros de extensão, sobranceira ao vale da ribeira de S. Pedro, sem defesas naturais. Aquando da visita de J. Coelho ainda eram visíveis vestígios de construções, geralmente rectangulares, que conservavam ainda restos de alicerces, portas e parte das paredes. Alguns dos edifícios encontravam-se isolados, mas outros estavam alinhados, formando ruas, numa das quais J. Coelho refere a presença de um peso de lagar. Lagar rupestre de S. Pedro 1 - Na área do povoado, próximo da igreja e necrópole de S. Pedro de Verona / S. Pedro de Matos, J. Coelho identifica uma grande estrutura escavada na rocha, a qual, pelas suas características e implantação denomina "santuário pré-romano". Em 2013 a mesma estrutura é descrita e classificada como lagar, escavado num batólito granítico, e do qual ainda é visível o calcatorium (2,25m de comprimento; 2.06m de largura; 0,15m de altura) e três stipites (0,80m de comprimento; 0,25m de largura; 0,30m de altura). Dadas as suas características e povoamento da área envolvente será de época tardo - romana/medieval. O povoado de S. Pedro já se encontrava abandonado e arruinado em meados do séc. XVIII, conforme a descrição constante nas "Memorias Paroquiais", nas quais é referido, segundo a "tradição", como uma antiga vila, pelo que deveria estar abandonado havia muito. Segundo alguns estudos mais recentes (2013), pelo tipo de estruturas e algum material existente à superfície, a ocupação do povoado de S. Pedro, será posterior à do "Castro de S. Pedro" / "Castelo dos Mouros", podendo datar dos séculos XII / XIII. Esta diferença cronológica, de ocupação dos espaços, já havia sido mencionada por J. Coelho, que inclusivamente coloca a hipótese de este povoado ser anterior à construção da capela de S. Pedro de Verona, já se encontrando abandonado aquando da edificação do edifício religioso. Em época medieval esta povoação estaria, muito possivelmente, integrada no território de Pena Verde, município ao qual D. Sancho II atribui Carta de Foral em 1248, mas extinto no reinado de D. Fernando, tendo sido integrado no termo de Trancoso. A falta de estudos mais aprofundados não permite estabelecer, de momento, balizas cronológicas para a ocupação deste sítio, nem definir a sua real ligação com a Capela e Necrópole de S. Pedro de Verona, com a qual deverá ter estado relacionado em algum ponto do momento da sua ocupação. [atualizado por I. Inácio, 06/08/19]
Terrestre
Caminho vicinal que liga as povoações de Penha Verde e Forninhos.
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S - 01333