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DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Recinto de Fossos
Beja/Beja/Cabeça Gorda
Calcolítico, Idade do Bronze, Romano e Medieval Islâmico
O Monte das Cabeceiras 2 corresponde a um recinto de fossos calcolítico, situado a cerca de 2,5km para NO da povoação de Cabeça Gorda e sobranceiro à linha de água do Barranco dos Almadas, numa área com um reduzido domínio da envolvente. O sítio foi identificado enquanto recinto de fossos, em 2013, por António Valera e Tiago do Pereiro, através da observação de imagens de satélite do Google Earth e fotografia aérea, providenciada pelo Centro Nacional de Informação Geográfica. A escavação do Monte das Cabeceiras 2 foi realizada no decurso da construção do Circuito Hidráulico Baleizão-Quintos e Bloco de Rega (Beja) e decorreu entre 2012 e 2015, tendo estado a cargo das empresas Omniknos, Ozecarus e Abran-ark. Uma parte dos resultados foi publicada em 2015, no VII Encontro de Arqueologia do Sudoeste Peninsular (Valera e Pereiro, 2015) e em 2016, no âmbito de uma tese de Mestrado na Universidade de Trás-os-Montes (Silva, 2016), em que foram estudadas três das estruturas tipo fossa identificadas neste recinto. Os trabalhos realizados permitiram identificar cinco fossos e um sexto, registado somente a norte; uma entrada de acesso ao povoado; bem como 70 estruturas negativas tipo fossa associadas a diferentes contextos, nomeadamente funerários e de despejo. Através da escavação de alguns troços dos fossos do recinto, foi possível individualizar diversas realidades, nomeadamente estruturas de combustão, fundos de cabana, níveis de pavimento e fossas. Nas fossas estudadas, destaca-se a presença de uma inumação primária, sem espólio associado, no interior da fossa 13, assim como de uma inumação secundária, associada a um grande vaso globular inteiro e a um almofariz, na fossa 54. É também de referir a presença de uma lâmina de anfibolito e de um ídolo Almeriense na fossa 16. No conjunto de materiais arqueológicos identificados destaca-se a predominância dos elementos cerâmicos (na sua maioria formas abertas de tipo prato e escassos exemplares decorados), em detrimento dos líticos (destaque para o elevado número de elementos de moagem). Relativamente aos elementos associados à tecelagem, foi assinalada a presença de pesos em forma de crescente e de um cossoiro. Os dados obtidos até ao momento levam a crer que neste povoado já seria praticada a agricultura intensiva e que a dieta seria grandemente à base de cereais e carnes, tendo em conta o grande volume de restos faunísticos identificados. As datações absolutas, nomeadamente da Fossa 16, assim como a análise da componente artefatual, levam a inserir cronologicamente o recinto de fossos do Monte das Cabeceiras 2 no período Calcolítico. O Monte das Cabeceiras 2 é um dos vários recintos de fossos identificados no sul de Portugal. Situa-se a 3,5 quilómetros de distância do recinto de fossos da Salvada (CNS: 33794).
Terrestre
Estrada de terra batida a partir da estrada que liga Beja à Salvada.
Cerâmica (pratos de bordo espessado e simples, taças, tigelas taças de carena baixa, pesos de tear e cossoiro); Líticos (segmentos de lâmina maioritariamente em chert; percutores esferóides, elementos de moagem, essencialmente dormentes; base de possível ídolo de cornos em cerâmica; almofariz de calcário; barro de cabana; materiais de época Romana e Islâmica (nas primeiras camadas e exclusivamente no fosso 6); fauna mamalógica e malacológica (ex: Sus sp, Cervus sp Boss sp, Pecten maxinus e Cerastodermaedule)
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Mau
S - 33852 e 2011/1(225)