Barranco de Vale de Cavalos 2

Sítio (33880)
  • Tipo

    Villa

  • Distrito/Concelho/Freguesia

    Beja/Beja/Baleizão

  • Período

    Romano

  • Descrição

    Ampla área de dispersão de materiais, sendo também possível demarcar uma área de maior concentração, na margem direita do Barranco de Vale de Cavalos, cerca de 700 metros a montante da villa do Torrejão/ Monte do Torrejão. Numa pequena elevação, sobre o barranco de Vale de Cavalos e nas encostas viradas a Sul, Norte e Este reconheceram-se materiais de cronologia romana que permitem apresentar uma diacronia desde inícios do séc. I da nossa era até ao séc. IV, sendo visível um predomínio de materiais do Baixo-império. Os materiais reconhecidos no terreno foram: paredes finas, Terra sigillata Sud-Gálica, Terra sigillata Hispânica, elementos de lucerna, sigillata Clara A, C e D, fragmentos de placas de mármore, fragmentos de ânfora de fabrico Bético e Lusitano, escassos fragmentos de dolia e outros recipientes de armazenagem, grande quantidade de cerâmica comum, estuque pintado, vidro e restos osteológicos. Na zona sondada verificou-se a presença de pequenos interfaces de valas de plantio sobrepostas por níveis romanos. Presença ainda residual de alguma cerâmica manual e líticos que aponta para ocupações pré-históricas. Registadas ainda outras estruturas negativas, de forma circular/fossa, com paredes côncavas e fundo irregular, sem espólio que permitisse uma datação deste momento de ocupação do espaço. Presença por fim de um poço circular em alvenaria. Os materiais que foram recolhidos no interior, assim como no exterior da estrutura, apontam para uma cronologia correspondente a uma ocupação em período romano deste local, sensivelmente situada entre o séc. I d.C. e o séc. V d.C.; contudo é plausível que a sua utilização se tenha prolongado no tempo devido ao facto de estar situado num terreno plano e propicio ao cultivo, possuindo um linha de água a escassos metros de distância (Ribeira do Barranco de Vale de Cavalos). Referem-se os materiais deste poço a fragmentos de pequenos jarros, de panelas com bordos voltados para o exterior; tégulas e um fragmento de fundo de Dollium e um fragmento de um colo de uma ânfora de forma indeterminada, possivelmente de fabrico Bético. Em 2022 foram observados, maioritariamente, fragmentos de cerâmica de construção, por vezes inteiros, como tégulas, lateres com decoração digitada, quadrantes de colunas e tijolos retangulares; fragmentos de opus signinum; cerâmica comum e de armazenamento (bordos de dolia e de ânfora). Associados a estes materiais aparecem também blocos pétreos que sugerem a existência de estruturas arqueológicas. Quer pelas dimensões dos fragmentos encontrados, quer pela prática agrícola até aqui utilizada, sementeira direita, consideramos que os vestígios subjacentes poderão estar em um considerável estado de conservação

  • Meio

    Terrestre

  • Acesso

    Numa pequena elevação, na margem direita do barranco de Vale de Cavalos e nas encostas viradas a Sul, Norte e Este.

  • Espólio

    -

  • Depositários

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  • Classificação

    -

  • Conservação

    -

  • Processos

    S - 33880 e 2009/1(543)

Bibliografia (0)

Fotografias (0)

Localização