Quinta do Estácio 7

Sítio (34406)
  • Tipo

    Vestígios Diversos

  • Distrito/Concelho/Freguesia

    Beja/Beja/Salvada e Quintos

  • Período

    Idade do Bronze, Romano e Indeterminado

  • Descrição

    A identificação numa área espartida de 183,66 metros quadrados na área do projecto de construção do actual Reservatório do Estácio de uma série de negativas que revelam uma ocupação do espaço durante uma longa diacronia temporal, desde a Pré-História Recente à Romana, e realidadesas quais devido à falta de materiais que possibilitassem uma datação, não as foi possível balizar cronologicamente. Constam assim um hipogeu/contexto funerário com a deposição primária de individuo adulto, de sexo indeterminado, coberto por um outro de sexo feminino, ambos espoliados e remexidos. Numa fase mais tardia esta sepultura foi alvo de reutilização, sendo depositado sobre o degrau de acesso à câmara um individuo adulto de sexo masculino. A sua morfologia parece enquadrar numa tipologia de hipogeu de plano rectangular da Idade do Bronze. A comprovar ainda uma utilização deste espaço dentro dessa cronologia surge a cerca de 500 metros a este uma fossa na qual foram recolhidos fragmentos de uma taça carenada e alguns fragmentos de cerâmica manual e outros interface negativo que pela sua morfologia aparentam poder ter igualmente funcionado como um hipogeu porém sem vestígios cerâmicos ou ósseos. Destaca-se ainda uma área concentrada de interfaces negativos de plano sub- circular, dos quais 145 revelaram possuir uma natureza antrópica, sendo que destes, 50 possuíam um plano oval e os restantes 95 possuíam um plano circular. Durante os trabalhos não foram recolhidos elementos cerâmicos em nenhum dos depósitos que preenchiam estas estruturas, nem nenhum tipo de fauna que auxilia-se à atribuição de uma cronologia para estas estruturas. Quanto ao seu enchimento o mesmo é semelhante em todas elas, encontrando-se preenchidas por um depósito de composição argilosa. A sua funcionalidade é difícil de determinar devido à ausência de outros elementos. Contudo é curioso verificar que a maioria dos interfaces possui dimensões relativamente pequenas, tanto a nível do diâmetro como a nível da sua profundidade; e que as fossas de plano oval situam-se sobretudo nas extremidades do aglomeramento de fossas, em especial no limite Oeste (como se estivessem a demarcar o limite do aglomeramento), enquanto que as fossas de plano circular situam-se sobretudo na zona mais a Este (no interior do aglomeramento). Apesar de não haver dados que permita afiançar concretamente a sua funcionalidade é proposta, tendo em conta a morfologia, o alinhamento S-N e não se encontrarem sobrepostos; e o facto das interfaces de plano oval se encontrarem sobretudo no limite exterior, em particular a Oeste, a possibilidade de fundações de uma construção ou de várias construções em madeira (paliçadas). O que diferencia a realidade aqui presenciada e levanta duvidas quanto à sua funcionalidade, é o facto de estas fossas não definirem um círculos, mas encontram-se dispostas sim numa área alongada e parcialmente curva, sendo tal especialmente visível a Oeste. Por fim há ainda a referir uma área distinta com fragmentos amorfos de cerâmica a torno e de cerâmica manual, assim como um fragmento de bojo de ânfora e um fragmento de bojo de dollium, que nos remete para uma ocupação Romana dessa área, presente ainda na canalização de Quinta do Estácio 3 e de uma sepultura que poderá possuir um cronologia Romana ou Medieva, junto á desse último sítio. Deverão ainda ser atendidas as relações com Quinta do Estácio 5; 6 e 8.

  • Meio

    Terrestre

  • Acesso

    -

  • Espólio

    -

  • Depositários

    -

  • Classificação

    -

  • Conservação

    -

  • Processos

    2011/1(225)

Trabalhos (1)

Bibliografia (0)

Fotografias (0)

Localização

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