Necrópole do Monte Aljão

Sítio (35561)
  • Tipo

    Necrópole

  • Distrito/Concelho/Freguesia

    Guarda/Gouveia/Cativelos

  • Período

    Alta Idade Média

  • Descrição

    Esta necrópole integra as sepulturas anteriormente publicadas como isoladas, denominadas de Tapada/Rascão e Monte Aljão 2. Necrópole composta por dezasseis sepulturas escavadas no granito (oito antropomórficas, três não antropomórficas e cinco de tipologia indefinida), situadas no planalto do Aljão, próximo da actual capela da Nossa Senhora dos Verdes, a 400 m de altitude. O sítio foi alvo de uma escavação de emergência (devido à surriba para plantio de uma vinha) em 1985, efectuada pelos Serviços de Arqueologia da Zona Centro e coordenada por João Inês Vaz. Nesta foram identificadas sete sepulturas, entre outros vestígios romanos e medievais. Em 2008-2009 o sítio foi novamente intervencionado e foram identificados vestígios correspondentes a uma ocupação alto-medieval (Monte Aljão - CNS 5907). A Necrópole poderá ser contemporânea desta mesma ocupação. A Orientação das sepulturas no quadrante E é dominante. Esta característica, associada à disposição em agrupamento das sepulturas leva a supôr que esta necrópole poderia ter estado associada a um edifício religioso. Algumas sepulturas poderão ser atribuíveis a enterramentos infantis. Encontrou-se uma sepultura integrada no muro norte do edifício romano e outra que aproveitou o paramento externo do mesmo muro, tendo a parte esquerda desta sepultura sido construída com pedras de diferentes dimensões e sem qualquer tipo de aparelhamento. É de salientar a existência de sepulturas com cobertura pétrea, constituída por pedra miúda não aparelhada e de uma sepultura em que a cobertura é constituída por duas lajes de granito afeiçoadas ao formato do sepulcro. Em nenhuma foi encontrado espólio arqueológico ou osteológico. Posteriomente às escavações de 2008 e 2009 foram efectuadas cinco datações por radiocarbono, a partir de amostras provenientes de contextos estratigraficamente seguros. Uma delas correspondia a uma amostra de carvão de esteva ou sargaço (Cistus sp.) que se encontrava no interior de uma sepultura. O resultado obtido foi 1100 ± 30 BP (Wk-27459), revelando-se assim a cronologia de um dos momentos de utilização da sepultura. (Tente, 2010)

  • Meio

    Terrestre

  • Acesso

    Segue-se um caminho de terra batida junto à Capela de Nossa Senhora dos Verdes. [2002/1(154)]

  • Espólio

    -

  • Depositários

    -

  • Classificação

    -

  • Conservação

    -

  • Processos

    2002/1(154) e S - 05907

Bibliografia (7)

A ocupação alto-medieval da encosta noroeste da Serra da Estrela. Trabalhos de Arqueologia (2007)
Arqueologia medieval cristã no Alto Mondego. Ocupação e exploração do território nos séculos V a XI (2010)
Do século IX ao XI no alto vale do Mondego (Guarda, Portugal): Dinâmicas de povoamento e estruturas sociais.. Debates de Arqueología Medieval (2011)
Entre o fim do Império e o início da Idade Média: as mudanças na estrutura do povoamento na região noroeste da Serra da Estrela (centro do Portugal). Arqueologia da transição: entre o mundo romano e a Idade Média (2017)
Paisagens humanas alto-medievais na Vertente Noroeste da Serra da Estrela (Portugal). Territorio, Sociedad y Poder (2007)
The establishment of radiocarbon chronologies for early Medieval sites: a case study from the Upper Mondego Valley (Guarda, Portugal). Munibe (Antropologia-Arkeologia) (2011)
Viver em autarcia. A organização do território do alto Mondego (Portugal) entre os séculos v a x.. Tiempos oscuros" Territorio y sociedad en el centro de la Península Ibérica (siglos VI-X) (2009)

Fotografias (0)

Localização