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DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Gruta Natural
Leiria/Leiria/Santa Eufémia e Boa Vista
Moderno
A entrada da Gruta da Buraca da Moira situa-se nas proximidades da povoação da Fonte do Oleiro, a uma altitude de cerca de 89m. A primeira referência sobre a presença desta gruta foi feita por Teixeira e Zbyszewski, em 1968, na Carta Geológica de Portugal, folha 23-C. O sítio correspondente à entrada de gruta, foi profundamente afetado por obras de desaterro do local, realizadas em 2005, tendo ficado a entrada visível e exposta, e sido retirado o sedimento que colmatava a entrada. Apresenta ainda uma potência estratigráfica considerável, se bem que correspondente, sobretudo, a deposições de natureza aluvial. O pacote sedimentar tem cerca de 1 m, sendo visíveis seixos de rio e diversos depósitos aluviais. As prospeções que permitiram a relocalização do sítio foram da responsabilidade da equipa da SIMLIS, durante a 2ª fase de trabalhos. Nas prospeções realizadas em 2007, no âmbito do EIA da Linha de eletricidade Batalha - Lavos, o filão de sílex foi identificado, mas não foram identificados materiais arqueológicos. Nas prospeções realizadas pela equipa de arqueologia da Oficina de Arqueologia, em Abril de 2008, registou-se a presença seixos de rio no interior. Não foram recolhidos materiais. Em 2015 foram realizados trabalhos arqueológicos no âmbito do projeto EcoPlis - Ocupação Humana plistocénica nos Ecótonos do Rio Lis, os quais confirmaram o potencial arqueológico do sítio. Verificou-se a semelhança relativamente às características observadas no sítio nas intervenções anteriores, nomeadamente uma potência estratigráfica de cerca de 1 metro no corredor da entrada e de até 3 metros no interior. Os estratos são constituídos por deposições fluviais, cobertos de calcite e, numa zona, sedimentos carbonatados finos e secos. Analisando a sedimentologia da gruta, observam-se três grandes componentes: um grande pacote sedimentar areno-saibroso quartzítico e quartzoso solto, com alguns seixos rolados em quartzo e quartzito e fragmentos de calcário, atingindo os 3 metros em algumas zonas; a existência de uma fina camada de água a escorrer pelas paredes, que pinga em alguns pontos do teto e sustenta a formação de uma cobertura de calcite com 1 a 2 centímetros de espessura; uma zona (Sala) com níveis de humidade menos elevados e onde, sobre os sedimentos, existe um pacote endocársico carbonatado siltoso, solto, bem como várias tocas. Foram atingidos os 154 metros de profundidade na sondagem, sem terem sido detetados vestígios arqueológicos ou faunísticos; por este motivo, não foi possível atribuir uma cronologia à sequência sedimentar. Ao longo dos seus corredores, existem alguns vestígios de atividade antrópica recente (fragmentos de cerâmica moderna, entulho e pneus na zona da entrada, pontuais coutos de velas nas zonas mais interiores) o que estará relacionada com as visitas ocasionais de populares ao local. A não identificação de níveis arqueológicos, durante a campanha de 2015, levou à decisão de suspensão das atividades de caráter arqueológico mas à continuação da exploração espeleológica, em colaboração com o Núcleo de Espeleologia de Leiria.
Terrestre
Estrada que liga o Outeiro da Eira à Fonte do Oleiro, encontrando-se a entrada da gruta visível, junto a um caminho de terra batida que dá acesso ao complexo desportivo. A entrada da gruta encontra-se numa encosta voltada a Nordeste, a uma cota muito próxima da cota de nível de cheia do Ribeiro e junto ao parque de merendas.
Não foram recolhidos materiais.
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Bom
S - 36324, 2004/1(199), 2006/1(471) e 2014/1(285)