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DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Aqueduto
Évora/Évora/Évora (São Mamede, Sé, São Pedro e Santo Antão)
Moderno
Na Rua do Salvador, nomeadamente na entrada do Páreo do Grupo Pró-Évora, encontramos um troço do Aqueduto da Água da Prata. Este aqueduto é uma das grandes obras do período quinhentista português. Projeto lançado por D. João II, pensado efemeramente por D. Manuel I e concretizado por D. João III, que toma a decisão de o construir em 1531. Em 1533 avança a obra do "cano", sob a direção do arquitecto régio Francisco de Arruda, sendo terminada em 1537. Prolonga-se por cerca de 18km, desde de Herdade do Divor, onde abastece, até à zona intra-muros da cidade de Évora. Terá seguido parte do traçado do antigo aqueduto romano, "resgatado" pela figura incontornável de André de Resende, pois colocou em evidência os vestígios arqueológicos da antiguidade da fundação romana, dando o estímulo necessário para o Rei avançar para a sua construção. É composto por troços de inegável impacto artístico e urbanístico. Junto à Igreja de São Francisco existiu até 1873 o Fecho Real do Aqueduto, um pórtico renascentista composto por "um torreão de planta octogonal decorado por meias colunas toscanas e nichos emoldurados, de vieiras nos arcos de meio ponto, tendo um corpo superior com lanternim de aberturas do mesmo estilo, envolvido, na base, por umas piriformes" (ESPANCA, 1966). Em 1536 a estrutura hidráulica rompe a cerca velha e avança em direção à Praça e Travessa do Sertório (antes denominada Praça do Peixe), onde, no final da Rua Nova de Santiago, Francisco de Arruda construiu uma Caixa de Água renascentista, de planta quadrangular e atualmente com dois lados visíveis, com doze colunas toscanas e amplo entablamento, Esta obra apresenta uma provável inspiração no Templo romano de Évora, e caracteriza o maior empenhamento artístico em algumas zonas do aqueduto e que contrasta drasticamente com outras partes do traçado em que o utilitarismo da construção sobrepôs-se a eventuais intenções mais eruditas. A Praça Grande ou do Geraldo recebe a água do cano em 1537, e aqui terá existido uma fonte "adornada por leões de mármore", associada a um suposto arco de triunfo romano. Ambos serão posteriormente sacrificados aquando da remodelação henriquina na principal praça da cidade e a fonte substituída pela actual fonte da Praça do Geraldo (ESPANCA, 1993, p.66). Ao longo dos séculos o aqueduto da Prata sofreu algumas alterações entre acrescentos e demolições. De maior visibilidade foram os vários chafarizes e fontes que se implantaram ao longo do percurso citadino. Para além da terminação emblemática na Praça do Geraldo junto a um suposto arco romano, é de realçar a Fonte do Chão das Covas, obra datada de 1701. Do período de renovação urbanística patrocinada pelo cardeal D. Henrique, subsiste também o Chafariz das Portas de Moura. Ainda do século XVI, outros dois chafarizes foram construídos, respectivamente no Largo da Porta Nova, uma obra que apresenta nítidas semelhanças para com os desenhos de Afonso Álvares (arquitecto que construiu as fontes da Praça do Geraldo e das Portas de Moura), e no antigo Rossio de São Brás, uma campanha que data já de época filipina e que abrangeu ainda a edificação de uma ampla alameda. Parcialmente restaurado no século XVII, em consequência das guerras da Restauração, o aqueduto foi objecto de sucessivas beneficiações durante os séculos XIX e XX, não se alterando, contudo, a fisionomia geral inicial. Entre 1873 e 1879, a cargo do Eng. Adriano Monteiro, dá-se uma grande reforma no aqueduto, sobretudo no percurso rural, na altura já em ruínas. Esta é realizada com pormenores de muito boa concepção, ainda hoje em bom estado de conservação.
Terrestre
A partir do Largo Luís de Camões ou através da Rua de Olivença, chegar à Rua do Salvador onde se encontra a sede do Grupo Pró-Évora e o respectivo acesso ao Páteo.
O espólio recolhido durante os trabalhos de acompanhamento é constituído na sua maioria por cerâmica comum, enquadrável no período medieval-moderno. Foi também recolhido um ceitil de D. Afonso V. Estes materiais provêm de contextos secundários de deposição, pois surgiram em camadas de enchimento/ aterro.
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S - 36851