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DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Fossa
Beja/Beja/Trigaches e São Brissos
Romano
Identificado em 2009/2010 no âmbito das prospecções do Bloco de Rega de Beringel e sumariamente caracterizado por uma mancha de dispersão de materiais de tipologia e/ou cronologia de período Romano, relacionáveis com a ocupação dessa mesma época do sítio próximo da Carlota (cns 28765), depois, sobreposto pelo reservatório da EDIA. Carlota 6 tem uma área de dispersão de vestígios de superfície muito reduzida, de aprox. 60 x 75 m. A estrutura em negativo escavada em 2020 foi uma fossa para silo/lixeira. A estrutura apresenta a planta circular que é predominante nas dezenas de fossas lixeira e silos escavadas no substrato geológico da região. Normalmente, têm abertura de bocal estreito, corpo alargado, grande profundidade e fundo plano ou côncava (Vaqueira, 2015: 50-52). A de Carlota 6 é, na parte melhor conservada (0,6 m abaixo da abertura), regular e quase simétrica, o que indica que terá sido escavada no subsolo de maneira planeada com recurso a medição do raio da forma redonda desejada para a fossa. Não se encontraram sinais de revestimento interno. Depois de profundamente escavada no subsolo caliço a mais de 1,2 m, a fossa foi utilizada para aterro de lixeira e consecutivamente preenchida com despejos de detritos orgânicos e inorgânicos (cinzas, carvões, restos osteológicos de consumo de carne, loiças quebradas e outros materiais de entulho) descartados de um ambiente doméstico próximo. A presença de cinzas e carvões pode ter sido resultado de fogo feito dentro da fossa para queimar detritos orgânicos e eliminar odores. As capas sucessivas de caliço resultaram, aparentemente, da acumulação de diversos pequenos abatimentos do bocal da fossa. A fossa-lixeira estava, portanto, associada a um sítio de habitat rural que estaria mais ou menos próximo. Tal silo poderia ter estado no interior do complexo construído, fosse em espaço coberto ou a descoberto (como, por exemplo, num pátio), ou, por outro lado, ter sido um dispositivo para esconderijo de reservas de víveres relativamente afastado do local de moradia dos seus utilizadores. A utilização da estrutura em negativo como fossa de lixeira data da Alta Idade Média, cronologia considerada pela análise preliminar dos materiais. Foram inventariados 31 registos de amostras de artefactos e ecofactos recolhidos e que repartem-se entre fragmentos de cerâmica utilitária comum (maioritários), fragmentos de cerâmica de construção, percutores sobre seixo e restos osteológicos de fauna mamalógica.Assim a fossa foi colmatada numa única fase principal de ocupação paleoantrópica de Carlota 6, que é cronologicamente datável da Antiguidade Tardia (séc. V d.C.) ou, mais provavelmente, da Alta Idade Média (séc. VI a VIII d.C.). Culturalmente, essas cronologias abrangem, respectivamente, o período romano tardio e os períodos visigótico e/ou islâmico de fase emiral. O sitio Relaciona-se cronologicamente na sua imediata envolvente com Carlota (CNS 28765) e ainda no olival, contíguos ao seu perímetro com Carlota 9 e Carlota 10. Na envolvente destaque ainda para Monte do Peso 1 e Monte da Diabroria.
Terrestre
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A maioria dos fragmentos de cerâmica utilitária são de formas fechadas para uso culinário (potes e panelas), sem torno rápuido e cozeduras pouco oxidantes ou redutoras. Somam-se um fragmento de bordo de alguidar e um de dollium. Acresce fragmento de cerâmica de construção (tégula e imbríces), fauna mamalógica (mandíbula e fémur de bovídeo) e três seixos, dos quais dois são percutores expeditos. O material é pouco signifiativo, mas de cronologia coerente.
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S - 37511 e 2018/1(305)