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DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Canal
Lisboa/Azambuja/Azambuja
Moderno e Contemporâneo
A Vala Real é constituída por uma vasta rede de canais com o objetivo de ligar o rio Tejo às povoações por via marítima. A rede de canais vai até à Azambuja e atravessa o concelho do Cartaxo estendendo-se até aos campos de Santarém. Forma uma linha de água com sentido Nordeste - Sudoeste, com cerca de 26 quilómetros de extensão, navegável nos últimos 17 quilómetros, inicialmente navegável por barcos de maior porte, como fragatas e barcos varinos. De toda esta rede a Vala Real da Azambuja é talvez a mais conhecida. Foi objeto de obras no século XVIII com o intuito de canalizar águas que impediam o cultivo dos campos devido às constantes cheias do Rio Tejo. Da mesma altura data a abertura do esteiro que permite a ligação fluvial à vila da Azambuja. Durante o reinado de D. Maria I foram efetuadas obras nos canais paralelos ao Rio Tejo, incluindo o Canal ou Vala da Azambuja com o objetivo de fomentar o desenvolvimento agrícola e comercial nacional, através do controlo da navegabilidade das valas. Contudo, estas obras foram sendo adiadas e somente com a aquisição dos terrenos onde se localiza a Vala da Azambuja pela Companhia das Lezírias é que as obras têm início em 1836. Remonta igualmente a este período a fachada neoclássica do edifício de apoio à navegação localizado na Foz do Canal (também conhecido como "Palácio" das Obras Novas e Palácio da Rainha) que servia também de entreposto e hospedaria à Companhia de Navegação do Tejo. Com a inauguração da linha do caminho-de-ferro entre Lisboa e o Carregado em 1856 a navegação fluvial entra em declínio deixando de ser rentável e a Companhia dos Canais da Azambuja extingue-se. Deste período apenas restam algumas das infraestruturas de apoio: cais e edifício de apoio à navegação. A Vala Real da Azambuja encontra-se estruturada com talude em cimento na margem sul, para este da Ponte do Reguengo, construído aparentemente em fase mais recente dado o material utilizado. Na margem Norte, para Oeste da ponte, existem diversos cais palafíticos do tipo utilizado pela Comunidade piscatória dos Avieiros, com embarcações típicas. Na margem Sul para Oeste da ponte, e contiguamente a esta, a vala é estruturada em parede vertical de cantaria de calcário com dois ancoradouros com degraus até à água e argolas de amarração em ferro no topo. Em 2021 durante trabalhos de limpeza/desmatação da margem esquerda da Vala da Azambuja foi identificada da estrutura de tijolo e alvenaria interpretada como "Descarregador" construído no último troço da Vala de Azambuja, aquando do redesenho do percurso durante a primeira metade do século XIX para regular o caudal controlado pela eclusa junto à boca do Rio, onde está o cais e "Palácio" das Obras Novas. A estrutura é composta por dois muros de tijolo e alvenaria, implantados em cunha, com um distanciamento de aproximadamente 50 metros entre si.
Misto
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Regular
2019/1(680) e 2021/1(622)