Castro de Vilanova/Alto da Cividade

Sítio (4152)
  • Tipo

    Povoado Fortificado

  • Distrito/Concelho/Freguesia

    Vila Real/Valpaços/Friões

  • Período

    Idade do Ferro e Idade Média

  • Descrição

    Povoado fortificado de grandes dimensões, localizado num grande e destacado cabeço granítico, com um excelente domínio visual sobre o planalto em redor, mas com fracas condições de defesa natural, sendo facilmente acessível por todos os lados. A observação do sistema defensivo é bastante dificultada pelo denso matagal que cobre o sítio. Tem uma primeira linha de muralha que define um vasto recinto superior, de forma ovalada, e dos lados Sul e Oeste desenvolvem-se outras duas linhas de muralha, formando duas plataformas consecutivas. Há referência a um torreão no lado Sul, e refere-se também a existência de um possível campo de pedras fincadas no sopé Sul do povoado. No interior da área muralhada aparecem à superfície algumas cerâmicas manuais da Idade do Ferro, e cerâmicas a torno medievais. Extramuros, no sopé Sul do povoado, ao longo do caminho de terra batida que contorna o sítio por este lado, aparecem com alguma abundância tegulas e cerâmicas comuns romanas. A ocupação medieval está bem documentada, pois este sítio foi escolhido como sede da efémera Vila Boa de Montenegro, que teve em 1301 foral de D. Dinís, mas que foi anulado em 1304. Para além das escassas cerâmicas observadas, a ocupação medieval deverá também ser responsável pela reconstrução de parte das muralhas, o que se observa nas diferenças de aparelho nos panos de muralha visíveis, havendo um aparelho irregular de pedras miúdas característico da Idade do Ferro e um aparelho ciclópico, feito com blocos grandes e irregulares, provavelmente medieval. Há ainda referência à existência de várias rochas com arte rupestre nas imediações do povoado, apresentando essencialmente covinhas, sulcos ou cruzes, havendo uma ou duas destas rochas que ficarão dentro da área muralhada. Refere-se também o aparecimento na primeira metade do século XX de uma pequena peça em ouro, que foi depositada nos cofres do Museu Nacional de Arqueologia.

  • Meio

    Terrestre

  • Acesso

    É o grande cabeço onde se situa o marco geodésico "Prainos", entre as aldeia de Vilanova e Celeirós, e que faz a separação entre as freguesias de Santiago da Ribeira de Alhariz e Friões. O acesso faz-se pelo caminho de terra batida que une as aldeias de Vilanova e Celeirós, passando pelo sopé Sudoeste do sítio.

  • Espólio

    -

  • Depositários

    Museu Nacional de Arqueologia e Etnologia e Museu da Sociedade Martins Sarmento

  • Classificação

    Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público

  • Conservação

    Regular

  • Processos

    2000/1(092) e S - 04152

Bibliografia (16)

A Cultura Castreja no Noroeste de Portugal (1986)
Breves Notas sobre a região do Alto Tâmega (1984)
Cerco (Castro) de Adães, Santa Leocádia - Chaves. Notícias de Chaves (1985)
Concelho de Valpaços. Carta Arqueológica (2001)
Curiosidades arqueológicas. Anuário de Chaves (1950)
De Aquae Flaviae a Chaves. Povoamento e organização do território entre a Antiguidade e a Idade Média (1996)
Memórias para a História Ecclesiástica do Arcebispado de Braga, Primaz das Hespanhas (1732)
Monografia de Valpaços (1978)
Museu. Revista de Guimarães (1942)
Notas Arqueologicas. Uma Citania. Era Nova (1931)
Notícias Archeologicas Extrahidas do «Portugal Antigo e Moderno» de Pinho Leal, com algumas notas e indicações bibliographicas (1903)
O Concelho de Valpaços (1954)
Pedras fincadas em Trás-os-Montes (Portugal). Chevaux-de frise i fortificació en la primera edat del ferro europea (2003)
Por Montes e Vales...Terras de Monforte e Terras de Montenegro. Revista Aquae Flaviae (1995)
Povoamento Romano de Trás-os-Montes Oriental (1993)
Visita a Castros nos arredores de Chaves (1971)

Fotografias (8)

Localização