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DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Villa
Leiria/Ansião/Santiago da Guarda
Romano
O interesse arqueológico deste sítio deve-se em grande parte à galeria subterrânea que ali existe, e que tem sido interpretada como criptopórtico. Foi prospetada uma área com 35.400m², que se encontra enquadrada a Este pelo casario do lugar do Carvalhal e a Sul por um caminho que dá acesso a uma nascente, que localmente é conhecida pelo Poço do Carvalhal. O local, revelou uma grande dispersão de material ceramológico de cobertura do Período Romano e de uso doméstico. Recolheu-se também um fragmento de later, um machado de pedra polida fragmentado e alguns fragmentos de escória. Foi possível ainda identificar na base de um talude, orientado segundo o eixo Este/Oeste, os vestígios de uma provável canalização revestida por opus signinum, com uma altura de 0.35m e uma largura de 0.18m (eixo Este/Oeste). Esta estrutura encontra-se acerca de 25 m e a SE de um espaço abobadado, que se pensa ser um criptopórtico, do qual, se localizou a entrada que se encontra mencionada na obra de José Eduardo dos Reis Coutinho. Apesar do interior apresentar-se entulhado de terra, foi possível identificar a configuração abobadada da estrutura, formada por pedra aparelhada, em calcário e revestida a argamassa. Em 1978 um grupo de estudantes, coordenados por este autor, teve conhecimento da existência de um subterrâneo. Deslocando-se ao local, puderam constatar a existência de um túmulo com as galerias entulhadas. Uma visita ao sítio por Jorge Alarcão, veio realmente confirmar tratar-se de um criptopórtico. A relativa proximidade entre este sítio e a villa romana de Santiago da Guarda, tem motivado alguns estudiosos a considerarem estas estruturas, como podendo pertencer àquela, cuja pars urbana, serviu de fundação ao Paço Senhorial dos Condes de Castelo Melhor. Por outro lado, o facto destes dois sítios dominarem uma várzea fértil, com mais de 450 hectares), sugere a existência de uma outra villa, que partilharia com a de Santiago da Guarda a mesma planície fértil, cabendo a cada uma cerca de 200 hectares. Os trabalhos arqueológicos realizados em 2013 e 2014 permitiram identificar estruturas relacionadas com uma obra de engenharia hidráulica romana assim como vários alinhamentos de fundações ou de paramentos, que definem espaços funcionais de um edifício do qual fazem parte as duas galerias subterrâneas. Rodrigo Marques Pereira, arqueólogo responsável pelos referidos trabalhos, defende que estes vestígios podem estar relacionados com a exploração do fundus, fazendo parte da área rústica de uma villa, e atribui-lhe uma cronologia de abandono em torno dos séculos V-VI.
Terrestre
Estrada Municipal n.º 348 até à Venda do Brasil; Estrada Municipal 526 em direcção a Santiago da Guarda, daqui caminho em direcção ao lugar do Carvalhal. Dentro da povoação caminho de pé-posto à direita.
Fragmentos de natureza ceramológica do período romano (cerâmica de construção e cerâmica doméstica comum), alguns fragmentos de cerâmica vidrada, de natureza metálica, de natureza osteológica. Opus signinum.
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S - 02981, 2000/1(818) e 2010/1(531)