Castelo de Oleiros

Sítio (4480)
  • Tipo

    Povoado Fortificado

  • Distrito/Concelho/Freguesia

    Bragança/Mogadouro/Bemposta

  • Período

    Romano

  • Descrição

    Povoado fortificado assente num esporão xistoso que se desenvolve num interflúvio criado pelas ribeiras de Costureira e Culmeães, respectivamente a oeste e a este, e pelo rio Douro a sul. O acesso ao local é realizado por um colo que liga o ponto onde se insere o povoado à linha de cumeada, que se desenvolve na direcção norte. De uma forma geral as condições naturais de defesa não são as melhores, facto que terá contribuído para a implementação de um sistema de amuralhamento baseado numa única linha de muralha realizada à base de pedra de xisto aparelhada que corre ao longo da pendente do relevo onde se implantou a estação arqueológica. Tipologicamente a muralha do Castelo de Oleiros descreve uma planta de tipo poligonal, o que permite diferenciar este sítio das tipologias de amuralhamento comummentemente observadas no nordeste transmontano. No interior do perímetro amuralhado observa-se um conjunto significativo de alinhamentos e de alicerces que organizam estruturas de diferentes configurações e tamanhos. O local encontra-se densamente ocupado por uma vegetação de médio porte, facto que contribui para uma diminuição da capacidade de análise integrada de todo o conjunto de vestígios estruturais que ainda previvem dentro do perímetro amuralhado. Do castelo de Oleiros são provenientes alguns artefactos de significativo interesse arqueológico, destacando-se um conjunto de 11 estelas funerárias, das quais apenas duas deram entrada no Museu Municipal de Bragança - Abade de Baçal. Os materiais cerâmicos detectados à superfície do solo não foram suficientemente conclusivos para permitirem colocar uma hipótese de âmbito cronológico. Tal como referiu pela primeira vez Francisco Sande Lemos, deverá ser sublinhado o paralelismo tipológico do Castelo de Oleiros com o Castelo de Fonte do Milho, fortificação do período romano, também implantada nas proximidades do rio Douro, no concelho de Peso da Régua, e escavada nos finais dos anos quarenta do séc. XX pelo arqueólogo Fernando Russel Cortez.

  • Meio

    Terrestre

  • Acesso

    A partir da aldeia da Bemposta, ao chegar ao primeiro cruzamento da aldeia, que cruza os caminhos que levam à aldeia e à barragem de Bemposta, toma-se o caminho que leva à barragem, depois cerca de 700 metros toma-se o estradão à esquerda, depois de 350 metros vira-se à esquerda novamente e segue-se sempre em frente durante cerca de 3 Km pelo estradão até ao Castelo.

  • Espólio

    2 fragmentos de cerâmica de pastas relativamente homogéneas, compactas, duras, com superfícies alisadas.

  • Depositários

    -

  • Classificação

    Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público

  • Conservação

    Mau

  • Processos

    81/1(094), 83/1(189), 99/1(594) e S - 04480

Bibliografia (11)

A Cultura Castreja no Noroeste de Portugal (1986)
Apontamentos Arqueológicos (1987)
Catálogo dos monumentos e sítios arqueológicos do Planalto Mirandês. Brigantia (1998)
Estudos arqueológicos do Major Celestino Beça. O Arqueólogo Português (1915)
Memórias arqueológico-históricas do distrito de Bragança: arqueologia, etnografia e arte (1934)
O Leste do Território Bracarense (1975)
Povoados castrejos portugueses e espanhóis da Bacia do Douro Internacional. Brigantia (1989)
Povoamento Romano de Trás-os-Montes Oriental (1993)
Representações zoomórficas na epigrafia funerária Transmontano-Zamorana Ocidental da época romana. Actas do Congresso Internacional de Arqueologia Iconográfica e Simbólica (2002)
Roman Portugal (1988)
Uma lápide do castello de Oleiros de Bemposta (Mogadouro). O Arqueólogo Português (1897)

Fotografias (0)

Localização