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DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Capela
Leiria/Leiria/Leiria, Pousos, Barreira e Cortes
Medieval Cristão
O sítio denominado Capela de São Pedro corresponde a um sítio do tipo capela e necrópole, cronologicamente enquadrado no período Medieval Cristão. Este sítio integra-se na zona considerada como Conjunto de Interesse Arqueológico. Localizada no Largo de São Pedro, a Capela de S. Pedro é um templo de fundação românica situado dentro das muralhas do castelo. Trata-se do único edifício de estilo românico existente em Leiria, na atualidade. A Capela de São Pedro foi construída no último quartel do século XII, sendo a segunda igreja a ser edificada em Leiria. Antes de 1211, era a Igreja Matriz da freguesia e durante parte do terceiro quartel do século XVI foi a segunda Sé de Leiria. Foi profundamente reformada nos séculos XVII e XVIII. Viria a profanar-se no século XIX, sendo utilizada como celeiro, armazém e teatro até 1880. Foi reconstruída e retomou o culto em 1940. Em 1997 passa a ser aberta apenas para ocasiões especiais. Sobreviveram numerosos elementos românicos nomeadamente arcos, colunas e capitéis. Em 2004 foi identificada e escavada, na zona a Norte da capela, uma secção da sua necrópole medieval. Os trabalhos realizados em 2009 permitiram identificar quatro contextos arqueológicos distintos com espólio associado: estruturas de época contemporânea/moderna (troços de estruturas pétreas lineares, duas calçadas), a necrópole da Igreja de São Pedro, ocupação romana e ocupação pré-romana. Da necrópole foi revelada uma ocupação muito significativa, entre as épocas medieval e moderna, com sobreposição de inumações e reutilização de sepulturas. Foi identificado um conjunto de 42 sepulturas (20 estruturadas e 22 em covacho simples), tendo daí resultado a recuperação de um número mínimo de 133 indivíduos (94 adultos e 39 não adultos), sendo 45 inumações primárias e os restantes integrados em ossários. As sepulturas estruturadas, algumas das quais com evidente forma antropomórfica, são cobertas por lajes em calcário e definidas por lajes e pedras de calcário e argamassa, sendo algumas rebocadas interiormente. Ainda em 2009, no Largo de São Pedro, foram identificadas algumas estruturas pétreas lineares, de difícil interpretação, bem como três estruturas cuja morfologia, evidências de exposição ao fogo, presença de pingos de metal e manchas de sedimentos arenosos indicam relacionar-se com uma possível área de fundição (sineira?). Nesta intervenção, destaca-se os vestígios de inumações (95 sepulturas individuais e 41 ossários) atribuíveis a época Moderna relacionadas com a necrópole de São Pedro, numa extensão considerável, inclusivamente em áreas distantes do adro na Igreja. Estima-se que este contexto tenha um número mínimo de 182 indivíduos (145 adultos e 37 não adultos). Também foi recolhido espólio cuja cronologia baliza entre o Bronze Final e época Contemporânea. Em 2012, os trabalhos efetuados não detetaram quaisquer vestígios arqueológicos. Mais recentemente, em 2018, no âmbito dos trabalhos arqueológicos de conservação e reabilitação da igreja, as sondagens identificaram materiais de cronologia moderna e contemporânea - cerâmicos, numismáticos e osteológicos, bem como o aparelho construtivo da capela.
Terrestre
Largo de São Pedro, a meia encosta do morro e do atual caminho de acesso ao Castelo de Leiria.
Vestígios osteológicos humanos, fragmentos de cerâmica (incluindo sigillata), elementos líticos, rosários, contas em osso e vidro, moedas, alfinetes, metal (bronze) e fragmentos de telhas. Muitos foram recuperados em contextos de deposição secundária.
-
ZEP - Zona Especial de Protecção
Regular
S - 04020, 2004/1(199) e S - 24472