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DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Torre
Viseu/Vouzela/Cambra e Carvalhal de Vermilhas
Idade do Ferro, Romano, Moderno e Baixa Idade Média
A Torre de Cambra (Cambra, Vouzela) localiza-se na povoação de Cambra de Baixo, (União das Freguesias de Cambra e Carvalhal de Vermilhas, Vouzela, Viseu). A Torre foi construída numa zona de vale, com terras agrícolas férteis, numa pequena elevação entre o rio Couto (a sul) e o rio Alfusqueiro (a norte). Isolada e destacada na paisagem, nas imediações existe uma pequena capela dedicada ao Divino Espírito Santo. A Torre de Cambra encontra-se referida nas "Memorias Parochiaes de 1758", como sendo uma torre muito antiga e de fundação desconhecida. Segundo a tradição local teria funcionado como lugar de acolhimento e asilo a criminosos e militares. Já em finais do século XX o sítio terá sofrido uma intervenção arqueológica, durante a qual foram diversos recolhidos materiais de cronologia datável dos séculos XII/XIII e séculos XVI/XVII. Até ao momento desconhece-se qualquer documento que refira o nome dos seus proprietários e o momento da sua construção. Segundo as "Inquirições" de 1258 (reinado de D. Afonso III),o povoamento da Terra de Lafões seria constituído por aldeias e quintas, distribuídas de forma homogénea pelo território. Referências para esta área mencionam a existência em algumas localidades desta zona, durante os séculos XIV e XV, de torres senhoriais e atalaias, como a Torre de Cambra, que seria pertença dos cavaleiros-fidalgos de Cambar. Pela sua implantação e tipologia esta casa-forte teria sido construída em finais do século XIII, ou inícios do XIV, com a dupla função de torre senhorial e vigia (atalaia), traduzindo a estratégia de afirmação territorial da nobreza, designadamente a afirmação da ascensão de elementos de linhagens secundárias e o aparecimento de uma nova organização territorial associada a domínios senhoriais. Esta afirmação de poder era efetivada perante as populações locais e também perante as antigas linhagens, através de símbolos - como as torres senhoriais. Entre os séculos XVI e XVIII a torre teria pertencido aos senhores de juro e herdade de Trofa, e na primeira metade do século XVII, foi pertença de Diogo Gomes de Lemos, comendador da Ordem de Cristo, falecido em 1651, no Porto. Em época Moderna a manutenção deste tipo de edifício constituía-se como símbolo de poder e ostentação, revelando uma organização territorial organizada. A Torre de Cambra, construída em granito, apresenta uma planta quadrangular, medindo exteriormente 8m por 8,1m, e paredes espessas, com mais de um metro de espessura. Orientada a SO, a entrada efetuava-se por uma porta de arco quebrado, existente no lado Sul, e sobrelevada em relação ao solo. O acesso ao interior seria efetuado através de uma escada em madeira. Na fachada nordeste é visível uma janela rectangular, bem como uma estrutura de apoio a matacães. No interior são visíveis aberturas para encaixe de travejamento, que permitem inferir a existência de dois pisos sobradados (relativa a um 1 e 2 andar). O telhado seria em 4 águas com telhas de meia cana. Juntamente com as Torres de Alcofra (CNS 14931) e de Vilharigues (CNS 3437) constitui o conjunto de três torres ainda existentes no concelho (uma quarta torre - Bandavises - terá sido destruída no século XIX). Trabalhos recentes de investigação permitiram a identificação de três outras torres senhoriais: Loumão, Levides e Sacorelhe. [atualizado por I. Inácio, 26/03/19]
Terrestre
Sair do IP5 (troco Viseu-Vilar Formoso) no nó de Vouzela. Continuar pela esquerda, na direcção de Cambra. O monumento está sinalizado apartir desta povoação.
Cerâmica de construção (telhas de meia-cana, tijolos e alguns fragmentos de azulejos hispano-árabes) e cerâmica de uso doméstico (pratos, panelas, potes e bilhas). As pastas são maioritariamente cinzentas, preta e castanha, com muitos desengordurantes. Algumas peças apresentam motivos decorativos, constituídos por sulcos horizontais ou ondulados, ou incisões ao longo do bojo ou nas asas em fita.
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Regular
S - 03448