Necrópole da Serra da Brenha - Mama do Furo

Sítio (4756)
  • Tipo

    Anta/Dólmen

  • Distrito/Concelho/Freguesia

    Coimbra/Figueira da Foz/Buarcos e São Julião

  • Período

    Neo-Calcolítico

  • Descrição

    Sepultura megalítica integrada no conjunto de monumentos que compõem a Necrópole da Serra da Boa Viagem, que se prolonga por cerca de 13km de extensão, pela linha de cumeada da Serra da Boa Viagem, Brenha, Alhadas e São Bento (Vilaça, 1988). A necrópole encontra-se classificada como Monumento Nacional desde 1910, pelo DG n.º 136, de 23 de junho de 1910. Monumento localiza-se a oeste do Casal da Serra, apresentando uma implantação de destaque na paisagem, num dos pontos mais altos da Serra da Boa Viagem, o que lhe terá garantido, em épocas mais recuadas, um bom controlo da paisagem, quer para o mar, quer para os outros monumentos circundantes. Monumento de forma sub-circular alongada, com uma grande depressão ao centro, característica de onde lhe advém o nome. Sem vestígios de esteios à superfície, desenvolve-se no sentido este-oeste e apresenta um diâmetro máximo de aproximadamente 28m. A altura do lado Norte do monumento era bastante maior que a do lado Sul. A mamoa foi construída à base de argila, cuja dureza e compactação, permitiu a dispensa da couraça de revestimento. A estrutura lítica é constituída por dois anéis ou coroas, um exterior e delimitativo, outro interior e estabilizador dos esteios da câmara. O corredor encontra-se orientado a nascente. O monumento foi intervencionado em finais do século XIX por Santos Rocha, mostrando desde logo sinais de violação e tendo sido inclusive saqueado no decurso da intervenção. É alvo de uma segunda campanha de trabalhos em 1985 e 1986, da responsabilidade da arqueóloga Raquel Vilaça, altura em que restam apenas 2 esteios in situ e um possível alvéolo de um terceiro. Com base na disposição do espólio, A autora propõe a retificação do comprimento do corredor para 11 ou 12m e a orientação do monumento para sudeste. Raquel Vilaça considera que a forma oblonga que o monumento apresentava na altura da sua intervenção poderia não corresponder à forma original, atendendo à disposição circular da coroa periférica. Ao espólio exumado por Raquel Vilaça (24 lâminas ou fragmentos de lâmina, 11 pontas de seta, 1 enxó, 1 conta de colar e cerâmica lisa e globular ou em calote de esfera, encontrando-se ausentes as formas carenadas e de fundo plano) acresce o recolhido por Santos Rocha ( 3 pontas de seta, uma lasca de sílex, três fragmentos de cerâmica e ossos humanos). Em visita ao monumento, realizada na primavera de 2020 (Câmara Municipal da Figueira da Foz, DRC Centro e DGPC) verificou-se que este monumento foi um dos mais afetados pela queda de árvores, na sequência da tempestade Leslie, não tendo sido alvo de intervenção de limpeza por parte do ICNF. (atualizado_FB_20200928)

  • Meio

    Terrestre

  • Acesso

    Situa-se num dos pontos mais altos da parte ocidental da serra da Boa Viagem, nos terrenos administrados pelo ICNF e pertencente à freguesia de Quiaios, a cerca de 70m da estrada florestal que segue da povoação da Serra e passa junto à capela de santo Am

  • Espólio

    -

  • Depositários

    Museu Municipal Dr. Santos Rocha, Figueira da Foz

  • Classificação

    Classificado como MN - Monumento Nacional

  • Conservação

    Em Perigo

  • Processos

    S - 04756

Bibliografia (5)

Antiguidades pré-históricas do concelho da Figueira da Foz. Memórias e Explorações Arqueológicas (1949)
Die Megalithgraber der Iberischen Halbinsel. Der Westen. Madrider Forschungen (1998)
Inventário dos Monumentos Megalíticos dos arredores da Figueira da Foz. Arquivo de Beja (1970)
Mama do Furo. Informação Arqueológica (1986)
Subsídios para o estudo da pré-história recente do Baixo Mondego (1988)

Fotografias (0)

Localização