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DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Necrópole
Lisboa/Torres Vedras/Santa Maria, São Pedro e Matacães
Idade Média e Moderno
A Igreja de Santa Maria do Castelo localiza-se no morro do Castelo de Torres Vedras, na margem esquerda do rio Sizandro, a cerca de 72m de altitude. É o único edifício do concelho que contém vestígios românicos, o seu estilo original. No seu lugar existiria a mesquita árabe, sobre a qual foi reconstruído o edifício atual, ainda no século XII. Em seu redor estabeleceu-se uma ampla necrópole cristã, no local onde já os árabes terão enterrado os seus mortos, como atesta o achado, em 1718, de uma sepultura contendo um grande alfange mourisco. Na igreja sepultavam-se as pessoas mais eminentes, sendo exemplo Mestre Mendo, o arquiteto do templo, cuja inscrição funerária, no pórtico lateral, data de 1208. Entre 1983 e 1989 decorreram sete campanhas de escavações arqueológicas, que incidiram na área contígua ao troço sul da muralha, para onde se estendia a necrópole. Foi escavada uma ampla zona da necrópole de Santa Maria, numa área total de 169 m2. Registaram-se 70 enterramentos, em sepulturas delimitadas por esteios e cobertas por lajes (uma das quais antropomórfica) e inumações em covacho, todas orientadas no sentido poente-nascente, com uma única exceção. Detetou-se uma elevada percentagem de indivíduos do sexo feminino e de crianças. Foram ainda identificadas 16 estelas funerárias, duas das quais in situ e uma não gravada. As inumações caracterizavam-se pela ausência de espólio acessório. A necrópole foi datada de entre a segunda metade do século XII e o século XV. Detetaram-se, igualmente, indícios da prática de atividades de entretenimento, atestada pelos vestígios de fogueiras, a que surgem associados fragmentos de cerâmica comum queimada e restos alimentares (conchas de moluscos), bem como de um tabuleiro do jogo do moinho, dados em osso e inúmeras marcas de jogo. Recolheu-se um vasto espólio, ainda que não diretamente associado às inumações, constituído por cerâmica doméstica, desde o período romano (tégulas), ao islâmico (cerâmica de bandas pintadas), medieval e moderno, incluindo azulejaria. Existe ainda a referência que, na escadaria de acesso à Igreja, existisse, em tempos, uma árula funerária, que foi retirada do seu muro esquerdo. A árula, em calcário lioz, teria 52,5 x 34,5 x 22.
Terrestre
No interior das muralhas do Castelo de Torres Vedras.
Dezasseis estelas funerárias, fragmentos de cerâmica comum queimada, fauna malacológica, tabuleiro de jogo do moinho, dados em osso, marcas de jogo, cerâmica doméstica romana, islâmica, medieval e moderna. Existiria também uma árula funerária retirada do muro da escadaria.
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Classificado como MN - Monumento Nacional
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2001/1(148) e S - 01231