Portal do Arqueólogo - Relatórios digitais
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Autor, A.A. (2015) - Título do documento. Acedido em: dia, mês, ano em: URL.
DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
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Ponta da Vigia
Sítio (5869)Tipo
Estação de Ar Livre
Distrito/Concelho/Freguesia
Lisboa/Torres Vedras/A dos Cunhados e Maceira
Período
Mesolítico
Descrição
O sítio da Ponta da Vigia corresponde a uma área sobre o sistema dunar na arriba da Praia de Santa Rita, a sul do vale da Ribeira do Sorraia, que foi interpretada como uma estação de ar livre. Foi identificado por Jean Ollivier, nos anos 40 do século XX e prospetado, entre os anos 70 e 80, por Vítor Oliveira Jorge e elementos do Museu Municipal Leonel Trindade e do Grupo de Etnologia e Arqueologia da Lourinhã. Em 1986, o aparecimento de uma lareira, posta a descoberto pelo movimento dunar, levou à realização de escavações arqueológicas de emergência. Numa depressão no interior das dunas foram identificadas e escavadas três lareiras em fossa, definidas por blocos de pedra e com cerca de 60 cm de diâmetro por 25 cm de profundidade. A camada de ocupação e de dispersão do espólio apresentava, contudo, uma extensão relativamente maior. Em 1999 foram expostas mais três estruturas de combustão em fossa, tendo o IGESPAR levado a efeito uma pequena intervenção de salvamento. A recolha de carvões, em ambas as intervenções, permitiu realizar datações absolutas, que atribuíram ao local uma ocupação entre 8590 e 8940 a. C. Apesar de a matéria orgânica não se ter conservado, é natural que estas comunidades (à semelhança de outras, contemporâneas) incluíssem, na sua dieta, recursos relacionados com o mar (moluscos e peixes) como complemento alimentar a uma dieta baseada na caça de mamíferos terrestres. No total, já se recolheram no local perto de um milhar de peças líticas, algumas das quais apresentam indícios de terem estado em contacto com o fogo, tendo mesmo algumas sido encontradas no interior das lareiras. O sílex é a matéria-prima mais utilizada. Os materiais líticos são constituídos essencialmente por restos de debitagem, com um predomínio das lascas, que servem de suporte à produção de utensílios. Nos instrumentos destacam-se as raspadeiras, lâminas, lamelas e lascas retocadas, micrólitos geométricos, pontas, raros buris e seixos talhados. O espólio encontra-se repartido entre o Museu Municipal Leonel Trindade, o Museu Nacional de Arqueologia e o Museu da Lourinhã.
Meio
Terrestre
Acesso
Seguir pela estrada N247 que liga o Casal do Seixo à Praia de Santa Rita. O sítio fica do lado esquerdo no topo das dunas.
Espólio
Peças líticas: restos de debitagem (predomínio das lascas), raspadeiras, lâminas, lamelas, lascas retocadas, micrólitos geométricos, pontas, raros buris e seixos talhados.
Depositários
Museu Nacional de Arqueologia
Classificação
-
Conservação
-
Processos
S - 05869, 2001/1(148) e S - 03661
Trabalhos (2)
Bibliografia (14)
Fotografias (2)
Localização
Nome Legal: Direção-Geral do Património Cultural
Diretor-Geral: João Carlos dos Santos
Orgânica: Decreto-Lei n.º 115/2012, de 25 de maio
Despacho n.º 414/2020, de 13 de janeiro
Outras ligações
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