Castelo Velho

Sítio (5360)
  • Tipo

    Povoado Fortificado

  • Distrito/Concelho/Freguesia

    Guarda/Mêda/Mêda, Outeiro de Gatos e Fonte Longa

  • Período

    Idade do Bronze - Final, Idade do Ferro e Romano

  • Descrição

    Situa-se no topo de um cabeço sobranceiro à quinta do Vale da Manta, a cerca de 2,5km a Este da actual cidade da Meda. Dispõe de um amplo domínio visual sobre a paisagem que se estende para além da Meda e Longroiva a Oeste e Este respectivamente. Apesar das vertentes de pendente acentuado (sobretudo da encosta NE) lhe conferirem boas condições naturais de defesa, apresenta um possante sistema defensivo. Devido às sucessivas destruições de que tem sido alvo e ao denso giestal que dificulta a visibilidade, apenas se pode dizer que é composto por blocos de granito e alguma terra de permeio. Rodrigues menciona ainda a existência de estruturas (talvez de cariz doméstico) de perfil ovóide. Foi alvo de uma intervenção arqueológica em 1961 dirigida por Pinho Brandão, da qual não se dispõe de qualquer informação. No entanto, a análise dos materiais permite Brochado de Almeida apontar uma diacronia de ocupação do sítio desde o Bronze Final aos finais da Idade do Ferro. Brochado de Almeida afirma que a cerâmica aqui visível apresenta semelhanças com as produções do Bronze Final, mas que na sua "grande maioria pode ser designada por castreja". A. V. Rodrigues refere que durante a campanha de escavações foi exumada uma grande quantidade de "cerâmica castreja, com decoração incisa". Subentende-se que a cerâmica designada por castreja se reporta à Idade do Ferro. Por último, R. Vilaça destaca a presença de cerâmica com decoração penteada para a qual se aponta o seu início de produção no Ferro Inicial. Este elemento, em conjugação com as cerâmicas que apresentam analogias com as produções do Bronze Final, permite questionar se a primeira ocupação deste sítio não se deverá antes fixar nos momentos iniciais da Idade do Ferro.

  • Meio

    Terrestre

  • Acesso

    Num destes montes está o castro, onde abundam os penhascos graníticos, sobranceiro à Quinta do Vale da Manta e ao curso encaixado e sinuoso da Ribeira da Concelha.

  • Espólio

    Cerâmica castreja com decoração incisa, cerâmica com decoração penteada, pedras de moer ou triturar e mós oblongas.

  • Depositários

    -

  • Classificação

    -

  • Conservação

    -

  • Processos

    S - 05360 e 99/1(212)

Bibliografia (2)

Entre Douro e Tejo, por terras do interior: o I milénio a.C.. Lusitanos e Romanos no Nordeste da Lusitânia. Actas das 2as Jornadas de Património da Beira Interior (2005)
Génese e Transformação da Estrutura do Povoamento do I Milénio a.C na Beira Interior (2006)

Fotografias (0)

Localização