Cortes / Cortes 1 / Cortes 10

Sítio (6017)
  • Tipo

    Mancha de Ocupação

  • Distrito/Concelho/Freguesia

    Beja/Beja/Santa Vitória e Mombeja

  • Período

    Calcolítico, Idade do Bronze, Romano, Medieval Islâmico, Moderno, Indeterminado e Antiguidade Tardia

  • Descrição

    Área ampla em torno do Monte das Cortes com distintas ocupações cronológicas e que deve ser visto com relação a Cortes 2 e Cortes 9. As mais antigas referências, respeitam vestígios funerários do período romano, nomeadamente por um unguentário de vidro, encontrado numa sepultura de inumação construído com tijolos, de acordo com descrição do autor (Vasconcelos, 1909,57; Alarcão, 1978, 103, 111, Est. IV n.º 18; Alarcão, 1988:8/83 Lopes, 2003, 26) e inscrição incerta (romana?) noticiada por Frei Manuel do Cenáculo (Encarnação, 1984, 299). O local surge referenciado em 2007 para o PDM nas imediações do Monte com o mesmo nome, numa área aplanada, localizada entre o Barranco das Cortes e o caminho de acesso aos edifícios da herdade e pela presença abundante de cerâmica comum e de construção (tégula e latere) e elementos pétreos que prenunciam a existência de antigas construções enterradas sob o solo. Em 2010 no âmbito da "Conduta Santa Vitória, Mombeja, Beringel" (Porfírio et ali, 2010) identificaram-se uma série de estruturas do âmbito funerário e doméstico datadas da Antiguidade Tardia. Situadas numa extensão de aproximadamente 500 metros nas proximidades do Monte das Cortes: a Oeste do mesmo (3 sepulturas; silos, lixeiras e um forno que ainda se conserva in situ) e a cerca de 500 metros a Norte (estruturas negativas pré-históricas/calcolíticas; e silo do período medieval ou moderno). Posteriormente em 2015 no âmbito do Bloco de Rega Beringel Álamo identificaram-se interfaces negativos de tipo fossa escavadas no subsolo: oito estruturas de natureza antrópica, com dimensões (abertura, diâmetro e profundidade) muito variadas, correspondendo uma nona a uma depressão no substrato geológico de formação natural. As estruturas correspondem a valas/ fossas, e os depósitos com que as estruturas negativas foram preenchidas varia entre dois, quatro, cinco e os seis depósitos. O material recolhido é maioritariamente composto por cerâmica manual, e objectos líticos, cronologicamente enquadráveis na Pré-História recente (Idade do Bronze) e algum material romano avulso. Prospeções de superfície nesse mesmo âmbito fizeram coincidir ao local a designação de Cortes 10 no limite Noroeste da propriedade do Monte das Cortes - sendo referido nesses trabalhos à área vestígios de ocupação calcolítica, sob área simultaneamente com vestígios romanos. No PDM Cortes 10 surge a Sudeste do Monte das Cortes, verificando-se deste modo uma sobreposição das designações em vários levantamentos de Cortes 1 e Cortes 10. Em 2019 trabalhos da reconversão agrícola vieram a identificar um conjunto de estruturas negativas, posteriormente intervencionadas, para além de um nível arqueológico, detectado em plano um piso de argamassa de cal com materiais modernos associados (faianças e cerâmica comum). Essas estruturas negativas respeitavam silos, de forma sub-circular, cujos depósitos de condenação e aterro da estrutura, permitiram recolher material cerâmico atribuível a períodos de época medieval islâmica (sec. X-XI), nomeadamente, fragmentos de cerâmica comum não vidrada de produções locais e regionais com pastas cinzentas e vermelhas, sendo raras as decorações. Associados aos materiais cerâmicos de época medieval encontraram-se, pontualmente, alguns fragmentos de tegulae, imbrex e nódulos de opus caementicium, correspondentes a materiais de época romana em situação de deposição secundária. Este sítio encontra-se ainda designado por Cortes 3 no relatório dos trabalhos Acompanhamento realizados em 2015 e 2016.

  • Meio

    Terrestre

  • Acesso

    Caminho vicinal que liga Beringel ao Monte das Cortes.O acesso ao sítio faz-se a partir da povoação de Beringel, pela Rua da Cabine. Nesta rua, a poucos metros, no primeiro cruzamento, deve virar-se à esquerda por um caminho de terra batida. A poucos metros deste segundo cruzamento, depois de atravessar uma linha de água, deve apanhar-se outro caminho de terra batida. O sítio localiza-se a alguns metros deste cruzamento, a poucos metros para oeste deste caminho, num campo agrícola.

  • Espólio

    Cerâmica manual e objetos líticos, cronologicamente enquadráveis na Pré-História recente, fragmento de cerâmica de construção de cronologia Romana (tegulla).

  • Depositários

    -

  • Classificação

    -

  • Conservação

    -

  • Processos

    S - 06017 e 2009/1(097)

Bibliografia (5)

A Cidade Romana de Beja. Percursos e debates acerca da "civitas" de PAX IVLIA (2003)
Inscrições romanas do Conventus Pacensis: subsídios para o estudo da romanização (1984)
Roman Portugal (1988)
Unguentário de Mombeja. O Arqueólogo Português (1909)
Vidros romanos do Alentejo no Museu Nacional de Arqueologia. Conimbriga (1978)

Fotografias (0)

Localização


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