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DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Tholos
Faro/Portimão/Mexilhoeira Grande
Calcolítico
O monumento megalítico designado por Alcalar 9 corresponde a um tholos, integrado na grande necrópole megalítica localizada na envolvente do povoado pré-histórico de Alcalar (CNS 2781). Este monumento situa-se a leste da estrada para a Senhora do Verde, constituindo com o monumento Alcalar 7 (CNS 11303) o núcleo oriental da referida necrópole. Estes dois monumentos encontram-se musealizados. Este monumento funerário tipo tholos foi identificado e escavado por Pereira Jardim (1900) e publicado por A. Santos Rocha (1904). No final do século XX este monumento foi relocalizado (Arnaud e Gamito, 1979), tendo-se realizado várias campanhas de escavação no início do século XXI dirigidas por Rui Parreira e Elena Morán. O tholos Alcalar 9 é constituído por um átrio intratumular em forma de caixa retangular, com 0,60 m de comprimento, corredor de alvenaria de xisto com cerca de 1 m de altura, segmentado em três tramos por portas com degrau e coberto por quatro tampas monolíticas e câmara de planta circular, com 2,6 m de diâmetro, pavimento com lajes de arenito, paredes construídas em alvenaria de xisto e dois nichos laterais (geometricamente opostos, um deles orientado a norte e outro a sul). Esta estrutura apresenta uma cobertura construída com o sistema de falsa cúpula. No exterior, identificava-se uma mamoa, com cerca de 15 m de diâmetro, constituída por pedras de calcário e contida por um muro com cerca de 12 m de diâmetro, constituído por monólitos calcários, formando uma fachada retilínea orientada a oriente, no centro da qual se encontra o acesso ao interior do monumento. À frente desta fachada desenvolve-se um átrio escavado no substrato geológico, pavimentado com lajes de xisto, com evidências de utilização ritual (presença de lareiras, artefactos líticos e fragmentos cerâmicos). No interior da câmara e do corredor identificaram-se vestígios de ossos humanos de vários indivíduos, contas de colar, dois recipientes cerâmicos inteiros, dois fragmentos de um ídolo decorado "tipo Moncarapacho" e vestígios faunísticos. Após a utilização funerária, o monumento Alcalar 9 e o átrio exterior foram envolvidos por uma estrutura pétrea formada por lajes de xisto, que o selou, mantendo o seu destaque na paisagem. Este espaço apresenta vestígios de utilização em época histórica. Este tholos foi edificado num local com vestígios de ocupação do 5º milénio a. C., reutilizando elementos arquitetónicos anteriores. A construção e utilização deste monumento enquadra-se cronologicamente no Calcolítico (2900 - 2000 a. C.), correspondendo ao período de ocupação mais intensa da necrópole de Alcalar. (actualizado por C. Costeira, 17/07/2018).
Terrestre
Estrada asfaltada com indicação do Centro de Interpretação e caminho pedonal de aproximação junto ao monumento 7. A leste da estrada para a Senhora Verde
Vestígios de ossos humanos de vários indivíduos, contas de colar, recipientes cerâmicos inteiros, dois fragmentos de um ídolo decorado "tipo Moncarapacho" e vestígios faunísticos.
Museu Arqueológico e Lapidar Infante D. Henrique e Museu Nacional de Arqueologia
Classificado como MN - Monumento Nacional
Bom
S - 07277, S - 02781, S - 06182 e S - 11303