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DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Necrópole
Guarda/Fornos de Algodres/Juncais, Vila Ruiva e Vila Soeiro do Chão
Alta Idade Média e Medieval Cristão
Também conhecido como Vila Ruiva, a Tapada do Anjo é composta por um conjunto de 22 sepulturas escavadas na rocha dispersas em torno da Capela do Anjo (a actual data dos anos 50) e entre esta e a povoação de Vila Ruiva. Encontra-se a 490 m de altitude. A necrópole apresenta um padrão de distribuição disperso e uma grande variedade de orientações e tipologias de sepulturas (14 não antropomórficas e 8 antropomórficas com variantes). Verifica-se a existência de quatro núcleos: o primeiro localizado perto da igreja e composto por 8 sepulturas não antropomórficas. Uma delas é infantil e encontra-se em relação directa com outras quatro, atribuíveis a indivíduos adultos; o segundo grupo está a NO deste e é composto por três sepulturas antropomórficas, todas atribuíveis a indivíduos adultos; um terceiro grupo, localizado a SO da capela e constituído por nove sepulturas, sendo algumas antropomórficas e outras não-antropomórficas. Neste foram detectadas 3 sepulturas infantis (1,05 m, 1,41 m e 0,94 m de comprimento, respectivamente), estando duas em conexão entre si; um quarto grupo situado no interior de Vila Ruiva, onde se encontram 2 sepulturas, uma de tipologia antropomórfica e outra não antropomórfica. Resta apenas uma sepultura antropomórfica que se encontra integrada num muro. Esta última apresenta um comprimento de 1,41 cm e uma largura de 46 cm, podendo corresponder a indivíduo adolescente. É possível que as sepulturas em conexão espacial directa sejam agrupamentos familiares. Quanto às orientações, no primeiro grupo não se constata nenhuma orientação específica (duas encontram-se a E, duas a N, três a S e uma a SO), tal como no segundo grupo (uma encontra-se orientada a NE, outra a E e outra a SO). Relativamente aos grupos restantes, no terceiro a orientação da cabeceira a O domina. No quarto a orientação também parece se assumir como factor condicionante na abertura das sepulturas. A necrópole é atravessada por um caminho de terra batida que liga Vila Ruiva à Carrapichana. Este caminho era conhecido como "caminho dos mouros" e anteriomente encontrava-se lageado. Foram ainda identificados fragmentos de cerâmica de construção, como tegulae, imbrices, tijolos tipo burro e raros fragmentos de cerâmica comum. (Tente, 2007) Segundo Catarina Tente (Tente, 2007) estes vestígios aparentam ser contemporâneos à necrópole. No entanto, será mais complicado compreender se esses vestígios serão, ou não, originários de um antigo núcleo religioso existente no local ou de uma ocupação habitacional situada nas imediações da necrópole. Relativamente à actual capela, destaque-se que, de acordo com alguns trabalhadores que participaram na sua construção, a mesma foi construída no mesmo local onde existiam ruínas de uma outra construção (talvez a antiga capela), assim como "telhas antigas e moinhos de mão" (Valera, 1990, p. 9).
Terrestre
Localizam-se em torno da Capela do Anjo, junto de Vila Ruiva. O acesso faz-se por um estradão de terra batida, que sai daquela povoação e se dirige para a Carrapichana. (Valera, 1993)
Fragmentos de cerâmica de construção, como tegulae, imbrices, tijolos tipo burro e escassos fragmentos de cerâmica comum. (Tente, 2007)
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Bom
2002/1(154) e 2010/1(482)