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DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Necrópole
Beja/Castro Verde/Castro Verde e Casével
Romano e Antiguidade Tardia
Vasto complexo de que fazem parte ruínas de habitações e uma sepultura isolada muito tardia. A localização corresponde à área assinalada no PDM de Castro Verde (1992) como villa romana e necrópole (necrópole tardo-romana onde surgiram bastantes fragmentos de cerâmica comum), podendo eventualmente estar associado à referência da "Villa Romana do Castelo de Vale de Mértola". O sítio arqueológico em causa é popularmente conhecido como "Igreja dos Mouros" e encontra-se numa pequena parcela de terreno, utilizada para cultivo anual de cereais, chamada de "Serro das Barrigas", cume envolvido a Oeste pelos terrenos do Outeiro Novo e a Este pelos limites de Monte Roxo. As estruturas arqueológicas que permanecem na paisagem implantam-se numa cota intermédia da vertente Este do Serro das Barrigas. Foram detetadas em contexto agrícola, segundo informação oral, nos anos de 1980, durante o charruamento mecânico da parcela. À altura da descoberta, sabe-se que as estruturas foram alvo de limpeza e que foram recolhidas algumas moedas, embora do seu paradeiro ou características nada se saiba. O local não foi alvo de escavações arqueológicas, no sentido de investigar o que estará ainda conservado no sobsolo. Não foi igualmente alvo de quaisquer medidas de salvaguarda das estruturas visíveis, continuando o terreno em causa a ser anualmente trabalhado para fins agrícolas. No que se refere à realidade arqueológica atual (2016) do sítio, é possível distinguir um patamar artificial, a meio da vertente. Aqui é percetível a base estrutural do que terá sido um edifício robusto, em que os respetivos alinhamentos, afetados pelos movimentos agrícolas mecânicos, terão continuidade estrutural para Sul e Nordeste. O aparelho construtivo da estrutura preservada caracteriza-se pelo aprumo técnico em pedra de xisto, perfeitamente afeiçoada e argamassada com opus caementicium. Apesar de estar implantado em cota intermédia, o edifício dispõe de grande domínio visual para a envolvente, nomeadamente para o Castelo de Vale de Mértola, a uma distância de 370m para Este. Delimitou-se uma mancha de dispersão de materiais em cerca de 1.190 hectares, concentrando-se estes na vertente Este e nas imediações Sul da estrutura. De entre o conjunto de materiais identificado (2016), destacam-se: um lítico (parte de um percutor) e fragmentos de cerâmica comum manual, embora que de forma esporádica; cerâmica de construção em grandes quantidades (tégulas, imbrices, ladrilhos de pavimento e ainda tijolos de colunas, em forma triangular); fragmentos de opus signinum; elementos de escória de ferro; cerâmica comum decorada (incisa e moldada) e vidrada, assim como fundos e bordos em terra sigilata. Encontrou-se ainda, à superfície, uma base de fuste, ou de capitel, em calcário conquífero, de dimensões consideráveis (0.34m de ancho por 0.21m altura, incluindo orifício de encaixe quadrangular, com 0.10m de lado e 0.08m de profundidade). Não apresenta qualquer tipo de motivo decorativo.
Terrestre
EN123, sentido Castro Verde - Mértola, após passar a ponte sobre a Ribeira de Maria Delgada virar à direita no primeiro acesso de terra batida. Passar pelo Monte do Outeiro e continuar pela estrada velha. O sítio arqueológico em análise encontra-se no lado direito do caminho, a cerca de 207 metros após o acesso ao Castelo de Vale de Mértola
Cerâmica comum manual; cerâmica de construção (tégulas, imbrices, ladrilhos de pavimento e ainda tijolos de colunas, em forma triangular); fragmentos de opus signinum; elementos de escória de ferro; cerâmica comum decorada (incisa e moldada) e vidrada, assim como fundos e bordos em terra sigilata; base de fuste, ou de capitel.
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2016/1(416), 91/1(040), 95/1(165) e S - 00067