Quinta da Barradinha

Sítio (50)
  • Tipo

    Villa

  • Distrito/Concelho/Freguesia

    Lisboa/Alenquer/Alenquer (Santo Estêvão e Triana)

  • Período

    Romano

  • Descrição

    Este sítio ficou conhecido em meados do século XIX, quando Bento Pereira do Carmo menciona a identificação de uma grande quantidade de telhas e tijolos, tendo igualmente recolhido vários numismas romanos. Refere também, em 1839, a observação de uma sepultura de inumação romana. Já nos anos 30 do século XX, Rui Serpa Sinto alega a existência de mosaicos romanos provenientes deste local. Existe ainda a referência a um marco miliário com um nome de um imperador da dinastia dos flávios. Em 1980 foi identificada uma estrutura constituída por elementos cerâmicos tipo tijoleiras maciças de diferentes formatos, junto à qual foi colocado um corpo humano sem aparente ligação. O monumento encontrado talvez fizesse parte de uma construção maior ou de um conjunto de construções, uma vez que na proximidade se encontravam espalhados elementos cerâmicos iguais aos encontrados "in situ". A vasta área de dispersão dos vestígios, nomeadamente materiais de construção, sugere a existência de uma villa de alguma importância. É talvez possível relacionar este local com a necrópole de Paredes (CNS 3218) e a Quinta do Bravo (CNS 4395) que lhe ficam próximas. No Museu Hipólito Cabaço encontra-se depositado uma significativa coleção de cerâmicas e metais com esta proveniência, que incluí duas marcas de ânfora Dressel 20, fragmentos de ânfora Dressel 14, Lusitana 3 e Almagro 51C, assim como diversa terra sigillata. No âmbito dos trabalhos de prospeção de 2019, para a revisão do PDM de Alenquer, foi possível identificar uma mancha de dispersão de materiais de cronologia romana que pela sua densidade confirma a existência de um sítio romano. Para além da mancha de dispersão de materiais eram observáveis, no talude da estrada, pedras e material cerâmico de cronologia romana. Apenas foram recolhidos 3 fragmentos.

  • Meio

    Terrestre

  • Acesso

    Localiza-se entre a Rua Agricultor e a Rua Dona Floripes de Almeida.

  • Espólio

    Cerâmica comum, ânforas, terra sigillata, de construção (telhas e tijolos), tesselas, vidro, moedas e ossos humanos.

  • Depositários

    Museu Municipal de Alenquer

  • Classificação

    -

  • Conservação

    -

  • Processos

    S - 00050, 2000/1(847) e 2001/1(755)

Bibliografia (6)

As "marcas de oleiro" na terra sigillata e a circulação dos vasos na península de Lisboa (2012)
Apontamentos sobre a presença romana no Concelho de Alenquer. Atas da Mesa Redonda de Olisipo a Ierabriga: A rede Viária romana no Vale do Tejo (2012)
Circulação monetária na Estremadura portuguesa até aos inícios do séc. III. Nvmmvs (1997)
Inventário dos mosaicos romanos em Portugal. Anuario del Cuerpo Facultativo de Archiveros, Bibliotecarios y Arqueologos (1934)
Notícia de alguns achados romanos no concelho de Alenquer. Actas e Memórias do 1º Congresso Nacional de Arqueologia, Lisboa, 1958 (1970)
O povoamento romano em torno do Monte dos Castelinhos. Em busca de Ierabriga. O sítio arqueológico de Monte dos Castelinhos, Vila Franca de Xira (2015)

Fotografias (0)

Localização