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DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Gruta Natural
Lisboa/Torres Vedras/São Pedro da Cadeira
Neolítico Final, Calcolítico e Idade do Bronze
A gruta da Cova da Moura localiza-se a meia encosta da vertente nascente da Serra das Marvãs, a 65 m de altitude, no Vale dos Cucos. Esta gruta natural contém uma entrada em arco voltada para o vale do Sizandro, e outra mais estreita, junto ao teto. Desenvolveu-se na interceção de uma diáclase com um plano de estratificação e apresenta a entrada original junto ao teto. Compreende uma sala com cerca de 5x5 metros de onde saiu todo o espólio, e um corredor que comunica com uma pequena sala mais interior, com cerca de 4x1,5 metros. Foi descoberta em 1932 durante os trabalhos de uma pedreira que serviu de apoio à construção da linha do oeste, e escavada na mesma década por Leonel Trindade e Ricardo Belo que nela encontraram dois níveis de ocupação. Numa primeira camada registaram um nível de habitação do final da Idade do Bronze, que terá ocorrido sem que os seus ocupantes se tivessem apercebido da anterior ocupação. Na camada superior, recolheu-se um cossoiro, uma candeia de trilobada, de tipo fenício, e um machado de bronze, de alvado com dupla aselha. A camada inferior, cujos sedimentos atingiam os 4 m de espessura, correspondia a uma ocupação como sepulcro coletivo, onde se identificaram conjuntos ósseos humanos, correspondentes a inumações individualizadas. No total, recuperaram-se 790 peças ósseas e dentárias, relativas a cerca de 90 indivíduos, 75 dos quais adultos. Este nível terá correspondido a uma utilização contínua da gruta, como necrópole, por perto de um milénio, desde o Neolítico Final até ao final da Idade do Bronze. Também foram recolhidas centenas de peças, sobretudo do período calcolítico, nomeadamente indústria lítica talhada em sílex (lâminas, alabardas, pontas de seta, pontas de lança, micrólitos e um punhal), pedra polida em anfibolito (machados, enxós, goivas, escopros), mós e pilões, cerâmica (lisa, campaniforme, carenada e brunida), indústria óssea (alfinetes e cabeças de alfinetes, furadores), cobre (punções, pontas de seta), Ídolos e amuletos (cilindros de calcário, placas de xisto gravadas, esculturas zoomorfas de osso e pedra verde), recipientes de concha, um lápis de hematite e centenas de objetos de adorno (contas em calcário, azeviche e concha, e pendentes em xisto, variscite, serpentina, calcário, osso e dentes de animais), com destaque para o fragmento de um brinco em folha de ouro, idêntico aos achados na gruta da Ermegeira. O espólio recolhido foi estudado, em 1969, por Konrad Spindler e Gretel Gallay, que estimaram a ocupação da necrópole entre 3000 a. C. e 1600 a. C. Datações de C14 forneceram datas entre 2815 a. C. e 1950 a. C. Depois de escavada, a gruta apresentava 10 m de comprimento, por 12 m de largura e 5,5 m de altura máxima.
Terrestre
A 45 km a norte de Lisboa e a 15 km da costa, para o interior, junto as termas dos Cucos.
Na camada superior, recolheu-se um cossoiro, uma candeia de trilobada, de tipo fenício, e um machado de bronze, de alvado com dupla aselha. Na camada correspondente à necrópole, recolheram-se centenas de peças, sobretudo do período calcolítico, nomeadamente indústria lítica talhada em sílex (lâminas, alabardas, pontas de seta, pontas de lança, micrólitos e um punhal), pedra polida em anfibolito (machados, enxós, goivas, escopros), mós e pilões, cerâmica (lisa, campaniforme, carenada e brunida), indústria óssea (alfinetes e cabeças de alfinetes, furadores), cobre (punções, pontas de seta), Ídolos e amuletos (cilindros de calcário, placas de xisto gravadas, esculturas zoomorfas de osso e pedra verde), recipientes de concha, um lápis de hematite e centenas de objectos de adorno (contas em calcário, azeviche e concha, e pendentes em xisto, variscite, serpentina, calcário, osso e dentes de animais), um fragmento de um brinco em folha de ouro, idêntico aos da gruta da Ermegeira.
Museu Municipal Leonel Trindade - Torres Vedras e Museu Nacional de Arqueologia
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S - 04008, 2001/1(148) e 2005/1(021)