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DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Castelo
Faro/Loulé/Salir
Medieval Islâmico e Medieval Cristão
O Castelo de Salir localiza-se no topo de uma elevação calcária, com 256 m de altitude, com vertentes suaves a sudoeste e abruptas a norte. Este sítio implanta-se numa área de transição entre o Barrocal e a Serra do Caldeirão, a cerca de 13 km de Loulé e a 16 km do castelo de Paderne. Esta posição dotava-o de um bom domínio visual sobre a paisagem, permitindo-lhe assumir um papel de destaque no controlo de vias de passagem estratégicas ente o barrocal e o litoral algarvio. Este castelo apresenta uma morfologia poligonal irregular, delimitando uma área total de cerca de 4200 m2, com muralhas (1,80 m de altura e 2 m de espessura) e torres quadrangulares construídas em taipa e fundações em pedra calcária, bem adaptadas às características do terreno. Os panos de muralha e as quatro torres conservadas (localizadas a sul, norte, nascente e poente) encontram-se incorporados em construções mais recentes. A entrada do castelo deveria localizar-se na área sul. No espaço interior do castelo identificaram-se vestígios de planeamento urbanístico de traçado ortogonal, seis estruturas habitacionais de morfologia quadrangular, dispostas em torno de um pátio central, pavimentado com lajes e cozinhas com lareiras estruturadas, bem como um conjunto diversificado de silos e um complexo sistema de canalizações. As características arquitetónicas do castelo de Salir e das estruturas domésticas do seu interior integram-se na tradição construtiva almóada (séculos XII - XIII), correspondendo a uma fortificação rural, que aglutina a função defensiva do território e habitacional, proporcionando refúgio às populações que habitavam pequenas alcarias nas imediações. Em meados do século XIII (1248 - 1250), no reinado de D. Afonso III, o castelo de Salir foi definitivamente conquistado pelas tropas da Ordem de Santiago, tendo sido utilizado como acampamento militar para tropas que tomaram Loulé e Faro. Arqueologicamente registam-se várias evidências de destruição (camadas de incêndio e elementos militares) e abandono nas estruturas militares e domésticas almóadas. A partir do século XIV, o castelo de Salir perde a sua importância estratégica, com a valorização dos territórios litorais, registando-se o abandono progressivo das suas estruturas militares e residenciais, agravado com os efeitos do grande Terramoto de 1755 e com as reconstruções posteriores, que reaproveitaram e obliteraram muitas das estruturas medievais. Os trabalhos arqueológicos desenvolvidos no local na década de oitenta do século XX enquadraram-se num projeto de investigação dirigido por Helena Catarino e posteriormente em intervenções de salvaguarda. Estes trabalhos permitiram identificar as estruturas referidas, bem como um conjunto diversificado de materiais (recipientes cerâmicos, artefactos metálicos, artefactos em osso relacionados com a tecelagem, elementos de adorno, elementos militares), cronologicamente enquadrados nos séculos XII - XIII (período Medieval Islâmico - Almóada) e XIII - XIV (período Medieval Cristão). Foram também recolhidos alguns fragmentos de cerâmica pré-histórica que podem indiciar que o cabeço de Salir teve uma primeira ocupação Neolítica. (actualizado por C. Costeira, 14/08/2018) Castelo em taipa do qual restam apenas 4 torres e dois pequenos troços de muralha, que integram as paredes das casas que se foram construindo na área do castelo. São torres maciças de planta rectangular. Ocupa uma elevação da actual sede de freguesia,
Terrestre
Rua do Castelo, Salir.
Recipientes cerâmicos (caçoilas de costillas), artefactos metálicos, artefactos em osso relacionados com a tecelagem, elementos de adorno, elementos militares (armamento).
Museu Municipal de Arqueologia de Loulé
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S - 01012