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DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Villa
Portalegre/Alter do Chão/Alter do Chão
Romano e Alta Idade Média
A estação arqueológica de Ferragial d'El-Rei / Alter do Chão também conhecida como Casa da Medusa corresponde a vestígios da pars urbana de uma villa romana, localizada numa pequena plataforma, com boa visibilidade sobre a paisagem (263 m de altitude), ladeada por duas linhas de água, nas imediações da cidade romana de Abelterium (Alter do Chão). Os diversos trabalhos arqueológicos realizados, desde a década de 50 do século XX até ao início do século XXI (António, 2014) permitiram identificar vestígios estruturais e artefactuais de uma imponente villa romana, com várias fases de construção e ocupação, cronologicamente balizadas entre o século I e o século VII d. C (período Romano / Antiguidade Tardia). A área residencial (pars urbana) desta villa organiza-se em torno de um peristilum de morfologia rectangular (352 m2), com pavimentos revestidos a mosaicos com motivos geométricos, paredes decoradas com pinturas, tanque central e jardim. Os compartimentos da ala nordeste, melhor conservados, apresentavam plantas rectangulares / quadrangulares (áreas entre 10 - 19 m2) e pavimentos com mosaicos geométricos. O triclinium (grande sala de estar, utilizada para banquetes) localizava-se no extremo sudeste do peristilum, apresentando uma planta rectangular (53 m2 de área interna), com o pavimento revestido por um mosaico de grande qualidade artística. Este mosaico representa a penúltima cena do Canto XII da Eneida de Vergílio, tendo como figura central Eneias, que segura um escudo com a cara da Medusa. Por detrás de Eneias identificam-se três soldados troianos armados com lanças e escudos e no lado oposto três combatentes rútulos também armados. Na base estão representados o génio do rio Tibre e o deus Vulcano. Na ala nordeste da domus, resultado de uma reestruturação deste espaço, identifica-se uma sala de representação, de morfologia quadrada (com 77 m2) e abside em ferradura, com as paredes e pavimentos profusamente ornamentados. As termas situavam-se a sudoeste, encontrando-se conservados vestígios dos seus vários compartimentos, que sofreram alterações e remodelações, aumentando a sua dimensão e complexidade ao longo do tempo. Este edifício termal poderia ter uma utilização privada, sobretudo na sua primeira fase de construção, ganhando uma dimensão pública com as obras de ampliação posteriores. Os vários projetos de construção que ocorrem na villa de Alter do Chão entre os séculos I e IV d. C demonstram o crescimento económico e uma maior monumentalidade arquitectónica e artística, evidenciando o elevado estatuto social dos seus proprietários. Nos séculos VI - VII um dos tanques do frigidarium das termas foi reutilizado como necrópole, identificando-se três sepulturas de inumação no seu interior, de morfologia rectangular, construídas com materiais reaproveitados e cobertas por lajes de xisto. Os enterramentos eram individuais, sem espólio votivo e apenas com elementos de vestuário e de adorno pessoal em bronze (brincos, anéis, fivelas). A simplicidade destas estruturas funerárias, a sua estreita relação com a água e proximidade com áreas residenciais podem estar indicar a eventual cristianização destes indivíduos, o que carece de uma análise mais aturada. (atualizado por C. Costeira, 08/02/19).
Terrestre
A partir do Largo 12 Melhores de Alter, situado entre o Castelo e o Cine-Teatro Municipal de Alter do Chão, do qual dista, apenas, cerca de 350m.
Mosaicos, moedas, esculturas (bases de estátuas de Vénus e de Cupido - Museu de Alter do Chão), cerâmica de construção e doméstica, pesos de tear, fragmentos de doliae e de ânforas, estuques pintados, vidros, mós de lagar, , alfinetes de cabelo em osso, botões em metal.
Câmara Municipal de Alter do Chão
Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
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S - 00142