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DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Campo de Batalha
Leiria/Porto de Mós/Calvaria de Cima
Medieval Cristão
São várias as fontes documentais que descrevem direta ou indiretamente a Batalha, desde cronistas tardo-medievais como Fernão Lopes até autores do século XVIII e sobretudo XIX. Estas fontes históricas foram posteriormente complementadas com os dados recolhidos nos trabalhos arqueológicos realizados no local. Os dois exércitos em confronto ocuparam este planalto, conhecendo-se com algum rigor a progressão do exército português, o qual se posicionou em dois locais distintos: a 1.ª posição do exército português - primeiro local escolhido por D. Nun'Alvares Pereira para o confronto com os castelhanos, com o intuito de travar a marcha do adversário à chegada de Santarém, praça que estava por Castela. Localiza-se no planalto já referido, entre a ponte do Boutaca (concelho da Batalha) e o Chão da Feira (concelho de Porto de Mós); 2.ª posição do exército português, ou seja, local onde D. Nun'Alvares Pereira, com o objetivo de precipitar o confronto, inverteu a sua posição, deslocando-se cerca de 2 Km para sul, no mesmo planalto, assentando numa pequena elevação onde hoje se encontra erguida a Capela de S. Jorge. A Batalha de Aljubarrota aconteceu num planalto com cerca de 3,5 Km, no sentido S - NNE, entre a ponte do Boutaca (concelho da Batalha) e o Chão da Feira (concelho de Porto de Mós), a sul. O local apresenta excelentes condições naturais de defesa, devido ao acentuado declive das suas vertentes oeste, norte e este, e dos cursos dos ribeiros - Carqueijal e Vale de Medeiros. Os trabalhos arqueológicos permitiram confirmar que a defensabilidade natural do local foi reforçada por um conjunto de obras de defesa acessórias, nomeadamente: "Abatises" - troncos e ramos de árvore cortados com as extremidades muito aguçadas e empilhados, voltadas para o inimigo; fossos e valas - vestígios de valas transversais escavadas à frente da posição de combate antes da Batalha e troços de fossos, possivelmente relacionados com o reforço do sistema defensivo antes e após o confronto, com o intuito de retardar, desorganizar e proteger da ofensiva castelhana; Covas de lobo -covas em forma de cone invertido, abertas no solo e disfarçadas com ramagens. A terminar a retaguarda localizava-se a "carriagem ou curral", composta por besteiros, peões e carros estacionados, uns junto dos outros, com os animais desatrelados, que constituíam um obstáculo à penetração do inimigo por detrás do dispositivo. Na área do campo de batalha de Aljubarrota (2.º posição), incluindo a Capela de São Jorge, foram postos a descoberto um conjunto de 830 "covas de lobo", uma fossa ("a grande fossa"), com cerca de 182m e uma vala comum com cerca de meia centena de indivíduos, que se crê estarem relacionados com a referida batalha. Uma parte da fossa escavada é visivel, no relvado a sul da capela, sob um alçapão de metal construído para proteger e que pode ser levantado para permitir uma melhor observação. Algumas das "covas de lobo", localizadas num olival um pouco mais a sul, estão tapadas com tijolos. Encontra-se dentro da ZEP da Capela de São Jorge.
Terrestre
Seguindo pelo desvio da EN 1, atravessar a localidade de S. Jorge, 4 Kms a sul de Batalha, o local encontra-se indicado com sinalética específica.
Algumas cerâmicas modernas e recentes e três lascas de sílex, ferraduras, vídros, espólio osteológico de origem animal.
Museu do Campo Militar
ZEP - Zona Especial de Protecção
Bom
S - 00286 e 2001/1(347)