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DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Povoado Fortificado
Beja/Moura/Moura (Santo Agostinho e São João Baptista) e Santo Amador
Idade do Bronze - Final e Idade do Ferro
Povoado proto-histórico fortificado numa elevação na margem esquerda do Guadiana, numa colina bem destacada, designada por «Outeiro dos Castelos» e sobranceira à atual Barragem do Alqueva. A presença de extensos taludes de terra e pedra, interpretados corretamente como vestígios de muralhas, facilitaram a identificação deste sítio arqueológico pelo Dr. Fragoso de Limaem 1943, no âmbito dos levantamentos do património do concelho de Moura de que foi pioneiro. Investigações mais recentes confirmaram que a origem deste povoado, localizado estrategicamente entre as desembocaduras do Degebe (a montante) e do Ardila (a jusante), remonta ao final da Idade do Bronze (século XI a. C.) e se estende até à Idade do Ferro. O conjunto habitacional, originalmente constituído por cabanas circulares de barro e colmo, distribuía-se por plataformas escalonadas e era protegido por estruturas defensivas complexas, integrando várias linhas de muralhas formadas por pedras fincadas que coroavam taludes artificiais, drenados por um monumental fosso escavado na rocha. Os materiais mais antigos aí descobertos, associados à vida quotidiana das populações do final da pré-história, comprovam a existência de relações culturais e comerciais com outras regiões ibéricas, em particular com as do Noroeste e Sudoeste Atlântico. Nos finais do século VIII a. C., a comunidade do Castro dos Ratinhos parece ter iniciado uma próspera relação com as colónias Fenícias recém-fundadas nas costas da Ibéria, possivelmente devido à exploração de recursos mineiros disponíveis no seu território e procurados pelos comerciantes orientais. Esses contactos permitem explicar a construção no alto da «acrópole» de um novo edifício, possivelmente com funções sagradas, revelando técnicas e métricas fenícias, típicas da tradição construtiva do Mediterrâneo Oriental. Apesar destas relações, o Castro dos Ratinhos seria abandonado poucas décadas depois, nos meados do século VII a. C., talvez substituído no seu papel de lugar central, pela emergência de um novo povoado situado a curta distância, na margem Sul do Ardila e localizado no sítio onde mil anos depois os Árabes viriam a construir o Castelo de Moura.
Terrestre
A partir da estrada EN Portel-Moura.
Cerâmica de construção com e sem bordo, cerâmica manual, um fragmento com decoração, cerâmica decorada com ornatos brunidos, alguns bronzes, uma lasca de quartzito, e outros materiais líticos.
EDIA - Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva, S.A. e Museu Nacional de Arqueologia
Classificado como SIP - Sítio de Interesse Público
Regular
S - 00189, 2002/1(363) e 7.16.3/14-10(1)