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DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Gruta Natural
Lisboa/Torres Vedras/A dos Cunhados e Maceira
Solutrense
A Lapa da Rainha 1 localiza-se no topo nascente do Cabeço da Rainha, inserido no maciço calcário do Vimeiro e escarpas da Maceira, na margem esquerda do rio Alcabrichel. Encontra-se classificada como Imóvel de Interesse Público. Esta gruta foi descoberta em 1925 e foi prospetada por Leonel Trindade, nessa mesma data, e Manuel Heleno, em 1949, que recolheu alguns artefactos líticos e um dente de hiena. Em 1968, os Serviços Geológicos de Portugal realizaram escavações arqueológicas, dirigidas por Fernando de Almeida, Octávio da Veiga Ferreira, Jean Roche e Manuel Farinha dos Santos, que identificaram sete camadas de depósitos, correspondentes, essencialmente, a níveis de habitat de fauna plistocénica. Apenas em dois estratos foram identificados vestígios de ocupação humana, atribuída ao Paleolítico Superior (Aurinhacense). A base dos depósitos revelou-se estéril, e era constituída por sedimentos que são provavelmente de idade pre-wurmiana, incluindo vestígios de um terraço fluvial que assenta diretamente no substrato rochoso. Novas escavações realizadas por João Zilhão e Anthony Marks, em 1987, dataram as ocupações humanas do Solutrense. João Luís Cardoso, em 1994, identificou três pontas de zagaia, uma das quais claramente madalenense. É possível que a Lapa da Rainha tenha sido, fundamentalmente, uma toca de animais (hienas e linces) e esporadicamente ocupada pelo Homem, como abrigo, pelo menos em dois momentos distintos. O espólio encontra-se repartido entre o Museu Geológico, o Centro de Estratigrafia e Paleobiologia da Universidade Nova e o Museu Nacional de Arqueologia.
Terrestre
Situada à entrada da povoação de Maceira, na margem esquerda do rio Alcabrichel.
Aquando da descoberta da gruta, foi encontrado um punhal de ferro à entrada. Nas escavações identificaram-se utensílios de sílex (raspadeira sobre lasca, lâmina retocada, lasca-núcleo e uma ponta de face plana com retoque plano invasor, tipicamente solutrense), restos de lareiras e indústria óssea (dente de cervídeo, conchas e falanges de suídeo perfuradas, bem como fragmentos de três zagaias, uma delas madalenense). Os vestígios osteológicos humanos reduzem-se à parte distal de um úmero e a dois dentes incisivos, atribuídos ao Homem de Neandertal.
Museu do Instituto Geológico e Mineiro
Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
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S - 00663 e 2001/1(148)