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DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Povoado Fortificado
Lisboa/Torres Vedras/Dois Portos e Runa
Idade do Bronze - Final, Idade do Ferro, Romano, Medieval Cristão, Moderno e Contemporâneo
A Serra do Socorro permanece como o ponto mais elevado da região. Este lugar deverá desde sempre ter marcado visualmente as comunidades humanas que ocuparam este território. Nos últimos três mil anos foi ocupada com distintas funções e significados. A sua identificação remonta a 1946 quando Jalhay cita o sítio no âmbito de uma contextualização da Idade do "Bronze" associada ao Zambujal. Aqui estabeleceu-se um povoado fortificado de altura, dotado de extraordinárias condições naturais de defesa, que deverá ter origem no IIIº milénio a. C.. Foi durante a Idade do Bronze e a Idade do Ferro que se veio a estabelecer como um dos maiores povoados da Estremadura. Ocupava uma área aproximada de 3 hectares e era rodeado por uma cintura amuralhada ovalada (comprovada por fotos aéreas e pelas leituras de superfície), que associava pedra aparelhada aos naturais afloramentos basálticos, da qual são ainda visíveis alguns troços. Contém duas aberturas principais, uma delas com bom lajeamento de acesso. Regista-se ainda uma ocupação da IIª Idade do Ferro e alguns materiais de cronologia romana. Foi alvo de alguns trabalhos arqueológicos, designadamente sondagens, por Gustavo Marques (1980-1991), prospeções (2002-2004), uma escavação, por Ana Catarina Sousa e Marta Miranda (2007) e um acompanhamento arqueológico, por Marta Miranda e Carlos Maneira Costa (2020). Na escavação de 2007, foi identificada uma casa redonda, da Idade do Cobre, de onde se recolheram abundantes cerâmicas, materiais líticos, uma enxó de pedra polida, cossoiros, grandes vasos de aprovisionamento, contas de colar de pasta vítrea e algumas peças em bronze: um punhal e um elemento de colar (xorca). A partir do século I, o povoado foi romanizado, como atestam os vários vestígios romanos aí recolhidos, como cerâmica comum, imitações de cerâmica campaniense, ímbrices, terra sigillata, uma asa de uma ânfora vinária itálica e um peso de tear. O espólio encontra-se repartido pelo Museu Nacional de Arqueologia, Museu Municipal Leonel Trindade e pelo Gabinete de Arqueologia da Câmara Municipal de Mafra. No centro do povoado existe ainda uma ermida - A ermida de Nossa Senhora do Socorro ou das Neves - erigida na primeira metade do século XVI, sob o signo da arte manuelina, com remodelações de meados do século XVIII e uma última intervenção de 1820). Consagrada à Nossa Senhora das Neves, o culto incluía a bênção aos animais, conservando-se ainda na festividade anual de 5 de Agosto. A Serra do Socorro assumiu ainda um importante papel durante as Invasões Francesas, uma vez que aqui se instalou um poste de sinais que se integrava no complexo sistema de comunicações usado pelas Forças Anglo-Lusas.
Terrestre
Estrada S.Sebastião - Serra do Socorro.
Idade do Bronze: cerâmica (formas carenadas, escassos ornatos brunidos), pedra lascada (denticulados), metalurgia (punhal), pedra afeiçoada. Idade do Ferro: cerâmica estampilhada, vidro, contas em vidro, ânforas Idade Moderna: moedas, cerâmica e faiança, vidro, azulejaria, alfinetes Idade Contemporânea: cerâmica, vidro, material de construção
-
ZEP - Zona Especial de Protecção
Bom
S - 00986, 2001/1(148), 2002/1(123) e 2007/1(408)