Pinhal da Carneira

Sítio (3420)
  • Tipo

    Estação de Ar Livre

  • Distrito/Concelho/Freguesia

    Santarém/Rio Maior/Rio Maior

  • Período

    Solutrense, Magdalenense e Calcolítico

  • Descrição

    Mancha de terrenos arenosos com coberto vegetal diverso (olival, vinha, pinhal, eucaliptos, mato), ocupando uma área de cerca de 5000 m² e apresentando uma potência variável, compreendida entre 1 e 2 m. Foi escavada por M. Heleno em 1950-53 e por A. E. Marks e J. Zilhão em 1987-93. Compreende diversos loci com uma mesma sequência geológica (areias eólicas e coluvionares finiplistocénicas sobre terraço fluvial acumulado no Paleolítico Superior inicial) mas variações laterais da estratigrafia arqueológica: Carneira I, que corresponde à área escavada por Heleno, onde o conteúdo arqueológico dos depósitos foi recolhido integralmente (excepto no que diz respeito aos resíduos e material incaracterístico, abandonados no local); Olival da Carneira, continuação para nascente desta área, onde Heleno não chegou a trabalhar, e em que se escavaram 11 m² em 1991; Carneira II, no terreno adjacente que até 1992 se encontrava plantado com vinha; e Pinhal da Carneira, cerca de 50 metros mais para norte. O grau de preservação da integridade dos depósitos apresentava variação espacial marcada: revolvidos pelos trabalhos agrícolas (plantação de oliveiras) até à base da sequência em Carneira I e Olival da Carneira, embora, neste último, se tenham identificado pequenas "ilhas" de depósitos geologicamente in situ; preservados em Carneira II, onde se identificou uma estrutura de combustão, e em Pinhal da Carneira, abaixo do nível remexido pelas lavras (0-25 cm). Em Olival da Carneira, o terraço fluvial de base continha, no topo (areias finas amarelas afectadas por um paleosolo truncado), materiais solutrenses dispersos, e era penetrado por bolsas de residualização intrusivas, descontínuas, as quais continham uma elevadíssima densidade de materiais líticos relacionados com a ocupação do local durante o Magdalenense final. Existem no local duas estações arqueológicas contíguas mas espacialmente diferenciadas: Carneira I (completamente escavada por Heleno) situava-se no olival que ainda aí existe; Carneira II situa-se na vinha contígua. Revisão do PDM - nº155

  • Meio

    Terrestre

  • Acesso

    Situada no interior do actual perímetro urbano de Rio Maior, na margem direita do Rio da Ponte, cerca de 1 km a norte do Largo do Gato Preto, à beira da estrada de terra batida que segue para a povoação de Casais do Cidral.

  • Espólio

    O espólio proveniente das escavações de 1987 e 1988 encontra-se depositado nas instalações do Museu Nacional de Arqueologia.

  • Depositários

    Museu Nacional de Arqueologia

  • Classificação

    -

  • Conservação

    Destruído

  • Processos

    94/1(171) e S - 03420

Bibliografia (9)

Arqueologia do Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros. Colecção Estudos (1991)
Breves palavras sobre a arqueologia do concelho de Rio Maior. Revista de Guimarães (1978)
Neolitização dos concelhos de Rio Maior e Tomar. Temas de História do Distrito de Santarém: comunicações apresentadas ao I Colóquio sobre história regional e local do distrito de Santarém, 1987 (1991)
O Mesolítico inicial da Estremadura. Muita gente, poucas antas?. Origens, espaços e contextos do Megalitismo. Actas do II Colóquio Internacional sobre Megalitismo (2003)
O Paleolítico Superior da Estremadura portuguesa (1997)
O Solutrense da Estremadura portuguesa. Uma proposta de interpretação paleoantropológica (1987)
Subsídios para a História do Museu Etnológico do Dr. Leite de Vasconcellos. O Arqueólogo Português (1964)
The Early Upper Paleolithic of Portugal. The early Upper Paleolithic: evidence from Europe and the Near East (1988)
Um quarto de século de investigação arqueológica. O Arqueólogo Português (1956)

Fotografias (0)

Localização