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DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Estação de Ar Livre
Lisboa/Torres Vedras/São Pedro da Cadeira
Solutrense
O sítio do Vale Almoinha localiza-se na vertente nascente de uma colina suave, sobranceira ao Vale da Fonte, por onde passa um pequeno curso de água. Terá sido identificado por Leonel Trindade, em prospeções realizadas no final dos anos 40 do século XX e integralmente escavado por Manuel Heleno em 1949-51. A escavação forneceu uma estratigrafia comprovativa da existência de um nível de ocupação humana, onde existiria um habitat há 30.000 anos. Nos trabalhos realizados em 1986 por João Zilhão e Fernando Real foi atestado que o nível arqueológico era constituído por uma área de dispersão de materiais que abrangia cerca de 100 m², organizada em torno de uma lareira, elemento estruturador do espaço habitado. João Zilhão identificou duas áreas diferentes no acampamento, onde predominavam objetos distintos, correspondendo a uma separação espacial e operativa do fabrico da utensilagem lítica: uma para a produção de folhas de loureiro e outra para a produção de pontas e facas de suporte laminar. Análises de C14 remetem a ocupação do sítio para uma cronologia situada entre 20.500 e 20.000 anos antes do presente, na transição do Solutrense médio para o Superior. O espólio é constituído, exclusivamente, por indústria lítica. Das peças recolhidas, 30% correspondiam a utensílios e os restantes 70% a raros seixos talhados em quartzito e a restos de debitagem, como núcleos, lâminas, lamelas, lascas, esquírolas e resíduos inclassificáveis. Estes dados, bem como a existência de peças inacabadas, demonstram que Vale Almoinha foi um local onde se procedeu ao talhe de utensílios, sobre quartzito proveniente dos seixos das redondezas e um sílex local, do qual são feitas 95% das peças encontradas. Apenas duas folhas de loureiro foram executadas em materiais raros e exóticos (calcedónia e jaspe), podendo ter passado por algum processo incipiente de troca de bens. Os utensílios podem ser divididos em três grandes grupos: raspadeiras, armaduras (pontas de face plana, folhas de loureiro, folhas de salgueiro e pontas pedunculadas) e facas e outros instrumentos de gume lateral. As denominadas folhas de loureiro constituem o utensílio que melhor caracteriza a produção local, representado cerca de ¼ dos utensílios recolhidos. O espólio encontra-se no Museu Nacional de Arqueologia.
Terrestre
No vale do mesmo nome (também conhecido como Vale da Fonte), cerca de 1200 m a SE da povoação de Cambelas e cerca de 3000 m a sul da foz do rio Sizandro.
Indústria lítica: núcleos, lâminas, lamelas, lascas, esquírolas, resíduos inclassificáveis, raspadeiras, armaduras (pontas de face plana, folhas de loureiro, folhas de salgueiro e pontas pedunculadas) e facas e outros instrumentos de gume lateral.
Museu Nacional de Arqueologia
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2001/1(148), S - 03661 e S - 05869