Castro de Três Rios

Sítio (11861)
  • Tipo

    Povoado Fortificado

  • Distrito/Concelho/Freguesia

    Viseu/Tondela/Parada de Gonta

  • Período

    Idade do Ferro, Romano e Indeterminado

  • Descrição

    Castro situado na divisória dos concelhos de Viseu e Tondela e das freguesias de Faíl e de Parada de Gonta. O Castro de Três Rios encontra-se estrategicamente bem localizado com difíceis acessos, à exceção por Faíl (concelho de Viseu). Na cota mais elevada visualizam-se algumas estruturas habitacionais construídas por grandes pedras de granito, assentes na sua maioria no afloramento granítico existente. Uma com 3,10m de largura e 4,30m de comprimento, outra com 2,98m de largura e 4,65m de comprimento. A noroeste uma estrutura, junto ao eucaliptal, em pedra, que poderá corresponder a outra estrutura habitacional de configuração circular. Tratava-se de um castro muralhado, devido à existência de grande quantidade de pedras, em derrube, nas áreas em declive do monte. Na área limítrofe encontramos dois penedos, em grão dente de cavalo, facilmente desagregável, com duas inscrições votivas (a este das estruturas habitacionais). A inscrição ocupa uma extensão aproximada de 5,40 m. Inscrição n.º 1: L MANLIVS D F TR AEMILIA ALMVS PEINTICIS Aos deuses Peinticis, Lúcio Mânlio, filho de Dècio (ou Décimo), da Tribo Emília, cumpriu de bom grado o seu voto. Inscrição n.º 2: CIRO TIVSCI TVREIVS Ciro, filho de Tiusci, Tureio¿. As inscrições deverão datar do século I-II d.C., todavia, as moedas achadas no castro são do século III ou IV (Vaz, 1987:24-25). As pias retangulares que se vêm perto dos penedos poderão estar ligadas a um santuário ao ar livre. Por toda a área do castro podem-se encontrar vestígios de cerâmica doméstica e de construção. Em 2009, após um incêndio, foi identificada uma coluna romana, a 150 m/SO das estruturas habitacionais. Por todo o povoado poderemos visualizar inúmeras aberturas nos penedos e uma pequena gruta junto às estruturas habitacionais. Igualmente relocalizamos uma estrutura circular, habitacional, datável da Idade do Bronze, também segundo o relatório de escavação de Inês Vaz em 1997. A existência na encosta ocidental de uma sepultura escavada na rocha poderá indicar que a ocupação do castro se prolongou até à Idade Média, séculos VI-VII, embora Inês Vaz refira foi desde o período pré-romano ao século IV. Nos finais de 2010 novas prospeções no local onde encontramos diversos materiais cerâmicos e alguns líticos. Em 2017 foram identificadas mais duas sepulturas rupestres a poucos da referenciada. Na envolvente foram identificadas três sepulturas escavadas na rocha (CNS: 35318)

  • Meio

    Terrestre

  • Acesso

    Caminho florestal a partir de Parada de Gonta.

  • Espólio

    Uma peça de arquitetura romana, cerâmica doméstica (2 bojos com decoração e bordos) e de construção (imbrices e tegulae), elementos de moinhos manuais e telha medieval.

  • Depositários

    -

  • Classificação

    -

  • Conservação

    Regular

  • Processos

    S - 11861

Bibliografia (0)

Fotografias (0)

Localização