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DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Templo
Beja/Beja/Beja (Santiago Maior e São João Baptista)
Idade do Ferro, Romano, Medieval Islâmico, Medieval Cristão e Moderno
Na abertura de caboucos para a instalação do depósito de água à cidade de Beja, na face ocidental da Praça da República, nas traseiras da cadeia mandada construir por Filipe III, viu e registou Abel Viana alicerces que determinou pertencerem às "fundações de um grande templo romano" interpretado como o podium do templo da cidade. Tratando-se de um retângulo orientado na direção norte-sul com 29m de comprimento por 116,50m largura com 4 a 6m conservados de altura. A base da alvenaria era bastante grossa, com opus incertum e a partir de metade do alçado com opus signinum e grandes blocos sobrepostos, moldados em armações com grandes pranchas, como a execução das taipas. No Verão de 1997, a arqueóloga Conceição Lopes efetuou uma sondagem no logradouro do edifício, colocando a descoberto um vasto conjunto de estruturas dos períodos romano, medieval e moderno, com distintas fases de construção, remodelação e reaproveitamentos, alguns possivelmente relacionados as fundações do Forum romano de Pax Iulia, sob cerca de 5m de entulhos de épocas posteriores. Obras a decorrer no imóvel, destaparam, em 1999, um pavimento de características romanas e determinaram a execução de escavações de emergência, durante o Verão desse ano, que permitiram pôr à vista fortes estruturas de embasamento de grandes edifícios da mesma época, sob entulhos modernos e medievais islâmicos. Registou-se um edifício pré-romano, e um primeiro edifício romano (templo?) que no seu interior apresenta construções várias, fossas, silos e uma cisterna (?) com canalização. Verificou-se, também o templo é circundado por um tanque de opus signinum e que os edifícios da Rua da Moeda assentam diretamente sobre e tanque. Infelizmente não nos foi possível concluir a planta do tanque que corre nos limites do podium. Foram ainda identificados dois tanques, de secção cúbica, um dos quais inteiro, conservando todos os componentes, como o esgoto em chumbo, a meia-cana ou o acabamento em opus signinum. Foi identificada a argamassa de suporte de um pavimento no qual assentaria um lajeado (desaparecido), correspondente à praça da primeira ocupação romana. Este pavimento revela, ainda, fossas islâmicas associadas a estruturas de habitação desta época. Relativamente ao interior do edifício do Departamento Técnico da Câmara Municipal de Beja (Rua da Moeda), destaca-se a plataforma localizada a sul do podium do templo. A sul foram detetadas quatro fossas onde foi recuperada uma quantidade considerável de bronze em formas que podem estar relacionadas com a cunhagem de moeda, bem como cadinhos, contextos que podem corresponder à casa da moeda do século XVI. Os trabalhos arqueológicos decorridos em 2015 tinham como principal objetivo a identificação de estruturas relacionadas com o templo de Tibério na zona sul do fórum romano que demonstrassem o acesso ao mesmo templo. No que diz respeito aos níveis medievais e não sendo possível intervir no interior do edifício onde se localiza a casa da moeda, foi realizada uma escavação na zona NO do fórum do 2º templo romano onde os níveis medievais e islâmicos afetaram e cortaram importantes níveis romanos. Identificou-se uma plataforma localizada a sul do podium do templo, infelizmente não nos foi possível concluir a planta dessa estrutura.
Terrestre
O sítio localiza-se no logradouro do edifício do Conservatório na Praça da República, 45-46 e no edifício do Departamento Técnico da CMB (Rua da Moeda, 2) e respectivo logradouro.
Dos níveis mais profundos foram exumadas cerâmicas campanienses.
Câmara Municipal de Beja e Instituto de Arqueologia da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra
ZEP - Zona Especial de Protecção
Em Perigo
S - 12172 e 94/1(042)