Anta de Zedes (Casa da Moura I)

Sítio (995)
  • Tipo

    Anta/Dólmen

  • Distrito/Concelho/Freguesia

    Bragança/Carrazeda de Ansiães/Amedo e Zedes

  • Período

    Neo-Calcolítico

  • Descrição

    Anta de Zedes, conhecida localmente como Casa da Moura, situa-se a Sudeste da aldeia de Zedes, na freguesia de Zedes, no concelho de Carrazeda de Ansiães. Este monumento megalítico é conhecido desde os finais do século XIX e tem sido publicado por vários autores, como J.R. dos Santos Júnior (1930) e de V. P. Vitorino (1924). Entre as décadas de 70-90, destacam-se as publicações de J. M. Neto (1975) e de E. S. Towhig (1981), bem como as de V. Oliveira Jorge (1982;1987) e S. Oliveira Jorge (1986), que estudaram a anta no âmbito das respetivas dissertações de doutoramento. Nos anos 90, o antigo Serviço Regional de Arqueologia da Zona Norte procedeu à limpeza (1985) e desenho do monumento, bem como ao levantamento das pinturas existentes (1990), consolidação estrutural e realização de sondagem arqueológica (1991), tendo em vista a preservação do monumento que apresentava problemas de natureza estrutural. Em 2002, foi relocalizado no âmbito de um Estudo de Impacte Ambiental e, em 2005, foi publicado por I.A. LOPES e por A.L.PEREIRA no decorrer de um levantamento acerca do património arqueológico do concelho de Carrazeda de Ansiães. No ano seguinte a Extensão de Macedo de Cavaleiros efetuou uma avaliação do estado de conservação do monumento. O reconhecimento da anta de Zedes como um monumento emblemático do território transmontano, com importância científica e patrimonial, culminou com a sua classificação como sítio de interesse público, em 2013. Este monumento, construído/utilizado no Neolítico final/Calcolítico, apresenta uma câmara poligonal e é composto por oito esteios imbricados e laje de cobertura, ostentando um vestíbulo, orientado a nascente, marcado por dois grandes esteios ainda in situ. De acordo com as plantas de J.R. dos Santos Júnior, a câmara apresentava cerca de 2,75 m de comprimento, 2,50 m de largura e 2,15 m de altura inferior (apud Oliveira Jorge, 1982, p. 465). O vestíbulo mede cerca de 1 m de comprimento e 1 m de largura. Regista-se a presença de pinturas a ocre na face interna do 2º, 3º e 4º esteio do lado sul (serpentiformes horizontais, representação de possível báculo?), e de gravuras esquemáticas nos esteios e na tampa. Durante as escavações efetuadas pelo Serviço Regional de Arqueologia da Zona Norte, foram recolhidos dois fragmentos de cerâmica manual e uma faca em sílex. Permanecem alguns vestígios da mamoa, erodida na sua quase totalidade. [Atualizado por S. Pereira em 02-09-2019]

  • Meio

    Terrestre

  • Acesso

    Cerca de 500m antes de atingir a aldeia de Zedes pela Estrada Municipal nº 628, deve-se tomar um caminho de terra batida que conduz até ao monumento.

  • Espólio

    Dois fragmentos de cerâmica manual e uma faca em sílex.

  • Depositários

    -

  • Classificação

    Classificado como SIP - Sítio de Interesse Público

  • Conservação

    Bom

  • Processos

    S - 00995, 2001/1(228), 98/1(728) e C - 00995

Bibliografia (11)

Apontamentos Arqueológicos (1987)
Archeologia do districto de Bragança. O Arqueólogo Português (1895)
Megalitismo de Entre Douro e Minho e de Trás os Montes (Norte de Portugal). Conhecimentos actuais e linhas de pesquisa a desenvolver. Revista da Faculdade de Letras (1987)
Megalitismo do Norte de Portugal: Distrito do Porto - Os Monumentos e a sua problemática no contexto europeu. (1982)
Memórias arqueológico-históricas do distrito de Bragança: arqueologia, etnografia e arte (1934)
O Leste do Território Bracarense (1975)
O dolmén de Zedes. Revista de Estudos Históricos (1924)
Património Arqueológico do Concelho de Carrazeda de Ansiães (2005)
Pinturas Megalíticas no concelho de Carrazeda de Ansiães (1930)
Povoados da Pré- História Recente (III.º - Inícios do II.º Milénios A. C.) da Região de Chaves - V.ª P.ª de Aguiar (Trás-os-Montes Ocidental) (1986)
The Megalithic Art of Western Europe (1981)

Fotografias (2)

Localização