Outeiro dos Mouros

Sítio (404)
  • Tipo

    Povoado Fortificado

  • Distrito/Concelho/Freguesia

    Vila Real/Chaves/Calvão e Soutelinho da Raia

  • Período

    Idade do Ferro e Romano

  • Descrição

    Outeiro do Mouros é um pronunciado outeiro que se desenvolve sobranceiramente a uma linha de água subsidiária da Ribª do Calvão. Possui boas condições de defesa natural e um razoável controlo estratégico sobre a região envolvente. O perímetro interno do povoado estrutura-se em função de três linhas de muralha que culminam no flanco este. Tipologicamente a estrutura defensiva revela um aparelho faceado e em alguns dos seus troços apresenta uma altura superior aos 3 metros. O complexo defensivo reforça-se com um torreão que se implanta no sector oeste, onde se regista uma maior vulnerabilidade em termos defensivos. Dadas as condições geomorfológicas do sítio, a ocupação foi realizada em pequenas plataformas onde se amontoam grandes quantidades de pedra e alguns entalhes que documentam os únicos indícios do urbanismo deste arqueosítio. João Baptista Martins, num pequeno artigo publicado na edição de 6 de Junho de1980 no Jornal Notícias de Chaves, refere a existência de alguns sulcos que poderão ser relacionados com manifestações de arte rupestre, assim como um penedo onde estaria escavada uma sepultura. A nossa prospecção efectuada no local não corroborou a descrição efectuada pelo citado autor. De referir que o sítio se encontra com alguma vegetação, facto que dificulta qualquer trabalho de análise de maior pormenor. À superfície do solo podem ser detectados alguns fragmentos de uma cerâmica da Idade do Ferro, havendo ainda referências ao aparecimento de "mós manuárias de naveta e rotativas, um cossoiro cilíndrico ornamentado com motivos circulares e pontos incisos, escória de ferro, e uma fíbula classificada do tipo longo travessão sem espira, datável de entre os séc. III-I a.C", (Teixeira, 1996: 21, nº 157).

  • Meio

    Terrestre

  • Acesso

    Por caminho de terra batida que arranca de junto do Santuário de Nª Srª da Aparecida.

  • Espólio

    Mós manuárias de naveta e rotativas, um cossoiro cilíndrico ornamentado com motivos circulares e pontos incisos, escória de ferro, e uma fíbula classificada do tipo longo travessão sem espira, datável de entre os séc. III-I a.C.

  • Depositários

    Museu da Sociedade Martins Sarmento

  • Classificação

    -

  • Conservação

    Mau

  • Processos

    80/1(018)

Bibliografia (12)

A Cultura Castreja no Noroeste de Portugal (1986)
Arte rupestre em Sanjurge. Revista Aquae Flaviae (1995)
Breves Notas sobre a região do Alto Tâmega (1984)
De Aquae Flaviae a Chaves. Povoamento e organização do território entre a Antiguidade e a Idade Média (1996)
Fíbulas de sítios a Norte do Rio Douro. Lucerna (1984)
Inventário de sítios com interesse arqueológico do Concelho de Chaves (1984)
Monte de Vamba (Castro de Cambedo). Notícias de Chaves (1981)
Museu. Revista de Guimarães (1943)
Noticiário arqueológico 1982. Conimbriga (1982)
Os Castros do concelho de Chaves (1985)
Outeiro dos Mouros de Calvão. Notícias de Chaves (1980)
Seara Velha - Memórias Antigas. Notícias de Chaves (1980)

Fotografias (0)

Localização