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DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Edifício
Beja/Moura/Sobral da Adiça
Idade do Ferro e Romano
Quando em 1990 se fez um aterro total de um pequeno cerro, aparentemente artificial, para fins agrícolas, surgiram objectos metálicos, tijolos com marcas de fogo, pesos de tear e, sobretudo, grande quantidade de asas de recipientes que pareceram tratar-se de ânforas datáveis da Idade do Ferro. Deve tratar-se de um estabelecimento daquela época, relacionado com a zonas de minas da Serra da Adiça que não fica muito distante. Em Novembro de 1986 foi recolhido próximo do local um fuste de uma coluna em calcário, provavelmente romana. As intervenções arqueológicas de 2011 e 2017 demonstraram que o sítio corresponde, não a um povoado, mas a um edifício, único até agora em Portugal pela sua singularidade, marcado pela construção de paredes e de muros de base pétrea, erguidos em altura em paredes de adobe, possivelmente revestidas com argamassas de cal, sendo os pisos efetuados em argila compactada. A elevada frequência de adobes queimados e vitrificados tem provável origem nos níveis da fase final de ocupação do sítio e indicia a existência de um grande incêndio de amortização final. Comprovou-se a prática da metalurgia do cobre no local, com inúmeros fragmentos de restos de fundição, vários fragmentos de lingotes de cobre e existência de materiais com alguma importância económica e ritual, como uma máscara hatórica de bronze - elemento decorativo de um braseiro de bronze do século VII a.C.. Foi possível uma melhor compreensão da arquitetura da fase construtiva final deste edifício, bem como identificar o limite oeste da zona construída. Não foi, pelo contrário, possível escavar os níveis estratigráficos mais antigos, pois os mesmos foram obliterados por uma extensa vala que destruiu toda a estratigrafia arqueológica. Todo o espólio é coincidente com uma ocupação do período denominado Pós-Orientalizante, durante o século V a.C.. A presença de raras peças de cronologia mais recuada, como a máscara hatórica, deverá prender-se com fenómenos de entesouramento e/ou com a sobrevivência no tempo de determinados objetos com carácter de luxo, que confirmam, porém, a riqueza e relevância económica e social do sítio.
Terrestre
No caminho de Safara para Vila Verde de Ficalho, voltando à direita pelo caminho que liga Monte Metum a Entre as Águas. O sítio fica no lado esquerdo deste caminho, próximo de uma curva pronunciada, no ponto de cota da carta. Embora o sítio pertença ao Centro de Experimentação dos Lameirões, da DRAPAL, localiza-se já na Herdade do Metum, confinante com a Herdade dos Lameirões, o que fez com que apareça por vezes designado por Herdade dos Lameirões. No entanto, a designação original dada por Fragoso de Lima ao sítio foi Cabeço Redondo.
Instrumentos de pedra polida, pesos de tear, fragmentos cerâmicos (inclusivé asas de ânfora da Idade do Ferro), tijolos com marcas de fogo, peça de bronze e escória, areia fundida (tipo jorra de forno), Fuste de uma coluna em calcário, provavelmente romana. De 2017: Fragmentos de tijolos de adobe, carvões e restos de fauna mamalógica e malacológica. Recipientes cerâmicos e outros tipos de artefactos cerâmicos e líticos. Dos artefactos metálicos destacam-se uma máscara hatórica, um prato de balança, bordos de braseiro, um ponderal de chumbo e restos de fundição e lingotes de cobre.
Museu Municipal de Moura
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Destruído
S - 07092