Monte da Igreja 1

Sítio (13091)
  • Tipo

    Mancha de Ocupação

  • Distrito/Concelho/Freguesia

    Beja/Serpa/Pias

  • Período

    Calcolítico e Romano

  • Descrição

    Sítio romano e calcolitico implantado numa encosta voltada a nordeste, nas imediações do barranco de Santa Luzia. À superfície são visiveis tegulae, imbrices e cerâmica comum muito rolada, dispersos por uma área de cerca de 500m2. Este sítio, conjuntamente com o Monte da Igreja 2, associa-se a um casal com uma cronologia alto-imperial. As estruturas identificadas encontravam-se já muito afectadas pelos trabalhos de implementação do olival de cultivo intensivo existente nesta zona, pelo que não foi possível definir em que termos se organizaria este assentamento. Foi observada uma estrutura negativa de planta sub-quadrangular, paredes rectas e base plana, apresentando 5 degraus escavados na parede sul da mesma (1,30mx1,25mx1m) que poderá estar relacionada com a armazenagem, correspondendo muito provavelmente a um tanque. O facto de as suas paredes não se encontrarem revestidas impossibilitaria, porém, a armazenagem de elementos líquidos. A SO está relacionada pelo menos um muro. Depois da fase associada a essas estruturas, regista-se uma vala de planta circular colmatada por um depósito com muitas inclusões de cinza e carvão e por um aglomerado pétreo. Posteriormente, numa 3ª fase de ocupação, a abertura de uma grande vala, colmatada por um aglomerado pétreo, corta os contextos das fases anteriores e que estará associada aos restos de uma construção, entretanto, desactivada. O seu abandono está associado a 2 derrubes muito concentrados, com materiais associados maioritariamente de cerâmica comum, como potes/panelas, destacando-se a presença de um fragmento de bordo de ânfora Dressel 2-4, fragmentos de bordo de taças em T.S., um correspondente uma Ritt.8 de fabrico hispânico e outro a uma Drag. 27, cujas pastas parecem apontar para um fabrico sudgálico, assim como fragmentos de uma peça em paredes finas, apresentando uma decoração com pequenas pérolas em relevo. (Séc. I e ao início do II d. C.). Registo ainda de buracos de poste e de fossas circulares ou irregulares com materiais romanos (potes e panelas de pastas escuras e pouco depuradas de fabrico a torno, paredes finas com decoração em pérolas com relevo, e T.S.H. Drag. 24/25; uma pedra de lagar, etc.). Foi ainda identificada uma ocupação cronologicamente, genericamente enquadrada na pré-história recente, expressa pela existência de uma estrutura negativa composta por dois círculos concêntricos escavados no substracto rochoso, ligados entre si por um estreito canal, localizada no topo do cabeço. Dessa ocupação pré-histórica respeitam pelo menos 2 fossas (silos) com cerâmica manual, como um fragmento de prato de bordo espessado e fragmentos de bordos simples de taças.

  • Meio

    Terrestre

  • Acesso

    Encosta voltada a nordeste, nas imediações do barranco de Santa Luzia.

  • Espólio

    Tegulae, imbrices e cerâmica comum muito rolada. Fragmento de prato de bordo espessado e fragmentos de bordos simples de taças.

  • Depositários

    -

  • Classificação

    -

  • Conservação

    Mau

  • Processos

    S - 13091 e 2001/1(289)

Bibliografia (2)

A Cidade Romana de Beja. Percursos e debates acerca da "civitas" de PAX IVLIA (2003)
Arqueologia do Concelho de Serpa (1997)

Fotografias (1)

Localização