Ruinas da Senhora da Hera/ Casarelhos

Sítio (2783)
  • Tipo

    Povoado Fortificado

  • Distrito/Concelho/Freguesia

    Bragança/Bragança/Espinhosela

  • Período

    Romano e Idade Média

  • Descrição

    Na área compreendida entre o pequeno cabeço designado de Casarelhos e o local onde se implantam as ruínas da Senhora da Hera, desenvolveu-se um povoado na época romana que se manteve estável até ao século XVI, altura em que foi abandonado. O sítio é um lombeiro sobranceiro a duas pequenas linhas de água da zona terminal do planalto de Espinhosela, área essa caracterizada por bons solos agrícolas e abundantes em água. O estabelecimento deste habitat deve ter-se processado de forma gradual, podendo ter a sua origem num pequeno núcleo fortificado situado alguns metros a norte, onde actualmente se detecta um talude que poderá ter correspondido a uma linha de muralha. Este talude circunda uma plataforma de pequena dimensão, que tanto poderá ter correspondido a um pequeno povoado da Idade do Ferro, como a uma fortificação da Alta Idade Média. Para Sul desta pequena elevação, no sentido das ruínas do templo da Srª da Hera, detectam-se à superfície do solo alguns fragmentos cerâmicos cujas pastas e tipologias se inserem no período romano. Da pequena igreja, de cronologia medieval, restam apenas a fachada principal e alguns alicerces estruturantes da única nave que o edifício possuía. Entre os seus escombros foram descoberta duas aras. A primeira continha a inscrição: BANDV / E CORN / ELIVS O / CVLAT / VS V S L M, e encontra-se desaparecida; a segunda, redescoberta por Francisco Manuel Alves em 1928 na cozinha da casa de um agricultor de Cova da Lua, possui como dimensões 25x16x10 e a inscrição: [FL] ACC / VS. VI / BON[I] / S L V / V. Do mesmo sítio serão também provenientes duas estelas funerárias, actualmente desaparecidas, com as inscrições: 1- FLAVIO BEDVN / O. AN(norum) / LXX ; 2 - PROCVLO / SILONIS (filio) / AN(norum) LVIII

  • Meio

    Terrestre

  • Acesso

    Caminho rural que entrinca no lado Sul da EN 308-3, junto ao parque de merendas da Senhora da Hera. O sítio está assinalado por placas

  • Espólio

    2 aras, 2 estelas funerárias

  • Depositários

    Museu Municipal de Bragança - Abade Baçal e Parque Natural de Montesinho

  • Classificação

    Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público

  • Conservação

    Mau

  • Processos

    S - 02783, 81/1(094), 98/1(275) e 98/1(604)

Bibliografia (15)

A Cultura Castreja no Noroeste de Portugal (1986)
Apontamentos Arqueológicos (1987)
Aqvae Flaviae I. Fontes Epigráficas da Gallaecia Meridional Interior (1997)
Divindades indígenas sob o domínio romano em Portugal: subsídios para o seu estudo (1975)
Epigrafia Romana da Região de Bragança (2002)
Estudos arqueológicos do Major Celestino Beça. O Arqueólogo Português (1915)
Guia Epigráfico do Museu Abade de Baçal (1976)
II. Inscriptiones Hispaniae Latinae. CIL Corpus Inscriptionum Latinarum (1869)
La Galice romaine: recherches sur le nord-ouest de la penínsule ibérique dans l'Antiquité (1981)
Memórias arqueológico-históricas do distrito de Bragança (1909)
Memórias arqueológico-históricas do distrito de Bragança: arqueologia, etnografia e arte (1934)
O Leste do Território Bracarense (1975)
Povoamento Romano de Trás-os-Montes Oriental (1993)
Relatório sobre as ruínas romanas descobertas junto da povoação de Castro d'Avellãs no mez de fevereiro de 1887 e sobre o reconhecimento que nas referidas ruinas fez José Henriques Pinheiro por conta da Sociedade Martins Sarmento. Revista de Guimarães (1888)
Roman Portugal (1988)

Fotografias (0)

Localização